20 de julho de 2005

Desafio

Há coisas inassociaveis neste mundo... quente e frio... alto e baixo... novo e velho... amor e ódio... tudo isto nos sentidos absolutos das palavras... Mas o Amor e o ódio não são os únicos sentimentos, obviamente que dificeis de se associar... um que particularmente me tem assolado é a terrivel incompatibilidade entre dor e confiança...

A dor, é uma sensação ingrata... Vem, indesejada, dá o seu sinal que algo não está bem mas assim que tudo passa permanece agrarrada ao que se ligou e avisou... e permanece.... e permanece... ofusca outros sentimentos, mancha o Bem, atrai atenções, desconcentra... mas a dor também lembra... e talvez o efeito mais ingrato seja o efeito memória que tem em nós. Isto faz com que perdure.
A Confiança é um dos mais nobres e dificeis sentimentos que se podem ter. É uma longa guerra, travada em terrenos invisíveis aos olhos que, como em todas as guerras, tem batalhas que se ganham e se perdem... Creio que não é preciso louvar as virtudes de tão nobre sentimento...
Na guerra da Confiança (perdoem-me o termo "guerra" que aqui é usado com uma conotação totalmente positiva) as batalhas perdem-se para a Dor... são dois inimigos nos dois lados da Barricada... é uma guerra desigual. Cada batalha perdida necessita de 10 batalhas ganhas... não se pode dizer, portanto, que seja terreno conquistado lenta mas solidamente...
É uma luta tão antiga como a Vida... é amarga, é ardua...e qual é o prémio?... A Felicidade, dizem uns... a Tranquilidade, poderão outros dizer. Tudo isso está certo. O Bem é a conquista da Confiança... A Dor, apesar de tudo, lembra-nos que uma batalha sua perdida é uma Batalha ganha para o Mal...

...que, apesar de tudo, também tem o seu lugar no mundo...

12 de julho de 2005

Altos céus...

Entram sonhos e saem sonhos...

Entram quereres e saem quereres...

Entram pessoas e saem pessoas...

A vida também é feita de entradas e de saidas...
A vida também é feita de permanências...
É evolução, é progresso, é dinâmica mas também é estática... Fica o que nos rodeia, fica o que somos... e ficam as pessoas... Não todas... só as que Existem... essas ficam...

No dia 11 de Dezembro de 2004, entrou na minha vida a pessoa mais importante da mesma... Perguntam-me "como é que sabes?". E eu respondo: porque sinto... Não são coisas que se saibam.... São coisas que só se sentem... e que se vão corroborando... Mais ousado: vai ficar comigo ad aeternum... Porque sinto... Vergonha?Convencido? P'ra quê?... P'ra quê tudo isso quando a Verdade nos chega à porta da Alma e do Coração e nos inrompe por ali adentro e mostrando do que é feita?... Estas coisas não se dizem, não se garantem, não se sabem... Sentem-se... E tudo isto sinto-o como uma verdade tão profundo como eu saber que existo... Ela, o meu Absoluto e Perfeito TUDO, é tao verdadeira como eu... Dela, poderia dizer infinitas coisas... Escolho dizer somente que a AMO... e isso, é tudo... tal como ela...

A TI, meu Amor Eterno e Infinito, todo o meu Coração, Alma e todo o meu Ser...

HAD I the heavens’ embroidered cloths,
Enwrought with golden and silver light,
The blue and the dim and the dark cloths
Of night and light and the half light,
I would spread the cloths under your feet:
But I, being poor, have only my dreams;
I have spread my dreams under your feet;
Tread softly because you tread on my dreams.

W.B. Yeats (1865–1939)

Trad. :
(Tivesse eu os panos bordados pelos céus,
Adornados de dourada e prateada luz,
Os panos azuis e ténues e escuros
De noite e luz e meia luz,
Espalharia os panos aos teus pés:
Mas eu, sendo pobre, tenho somente os meus sonhos;
Tenho espalhado os meus sonhos sob os teus pés;
Caminha suavemente pois caminhas sobre os meus sonhos.)


Sonhemos então...

11 de julho de 2005

Regressos...

Só um pequeno apontamento:

ESTOU DE VOLTA!

E muito grato pelo que a Vida me tem dado a viver e a aprender nos ultimos meses... é enorme demais para aqui descrever... Muito obrigado também a quem comentou algum dos meus posts... Nunca tinha sinceramente pensado que mais alguem, sem ser pessoas a quem eu me lembre de falar, viessem dar uma olhada nestas divagações sentidas que aqui lavro...

Regressos... memórias, experiências, lições, esperanças... Viver...

Tudo de Bom...