30 de julho de 2008

I'm not afraid
Of anything in this world
There's nothing you can throw at me
That I haven't already heard
I'm just trying to find
A decent melody
A song that I can sing
In my own company

I never thought you were a fool
But darling, look at you. Ooh.
You gotta stand up straight, carry your own weight
'Cause tears are going nowhere baby

You've got to get yourself together
You've got stuck in a moment
And now you can't get out of it
Don't say that later will be better
Now you're stuck in a moment
And you can't get out of it

I will not forsake
The colors that you bring
The nights you filled with fireworks
They left you with nothing
I am still enchanted
By the light you brought to me
I listen through your ears
Through your eyes I can see

You are such a fool
To worry like you do.. Oh
I know it's tough
And you can never get enough
Of what you don't really need now
My, oh my

You've got to get yourself together
You've got stuck in a moment
And you can't get out of it
Oh love, look at you now
You've got yourself stuck in a moment
And you can't get out of it
Oh lord look at you now
You've got yourself stuck in a moment
And you cant gt out of it

I was unconscious, half asleep
The water is warm 'til you discover how deep
I wasn't jumping, for me it was a fall
It's a long way down to nothing at all

You've got to get yourself together
You've got stuck in a moment
And you can't get out of it
Don't say that later will be better
Now you're stuck in a moment
And you can't get out of it

And if the night runs over
And if the day won't last
And if your way should falter
Along this stony pass

It's just a moment
This time will pass

U2 (2000) - Stuck in a moment - All that you can't leave behind album


Pronto, eu sei que é U2 (sem minimizar, claro, mas nao é das minhas bandas favoritas) mas houve "Alguém" que pôs isto a tocar na minha jukebox mental e não pude resistir... Fits like a glove! ;) E "Eles" sabem...

P.S. - Como é natural nestas coisas, ao ir à procura da letra encontrei o video. Recomendo-o, como complemento do sentido com que postei a letra. Adoro a cena final! ;D

23 de julho de 2008

Surgiu-me nos últimos dias uma pergunta para a qual não tenho tido resposta: porque é que queres tanto dar a mão a alguém que não está, e ignoras as que estão estendidas?

Bem, é uma pergunta manhosa. Não tenho resposta e, francamente, sinto-me um pouco constrangido. Porque pareço ingrato, pareço desprovido de qualquer sentido de reconhecimento por aqueles que me cedem o seu tempo e boa-vontade, vendo-me mais em baixo (ou mais em cima), continuando-me a focar em quem não devia ter nenhuma consideração ou impulso de lembrança. O que é passado, passado está. No entanto, a nossa mente continua a processar e a lembrar-se de coisas perfeitamente inúteis ou que, existindo, só servem para nos magoar. Não é esse o caminho que quero mas também sei que bloquear-se esse tipo de pensamentos é inútil, uma perda de tempo e, em última análise, podemos ficar seriamente magoados. Que fazer então? Que fazer para esquecer a saudade do que nos fazia sentir bem?
A resposta óbvia é arranjar novas memórias, fixarmo-nos no presente e viver um dia de cada vez. Ora, isto, mais uma vez, não é fácil, e, de momento, é um trabalho de paciência. E essa foi outra coisa que me apercebi hoje. Este é um tempo para estar quietinho, esperar e ter paciência. Muita paciência. A inquietação e anseio por tempos antigos, em que a vida corria a 1000 à hora e pouco se pensava nela, pode assolar-nos de quando em vez mas há que reconhecer que tudo está certo no momento em que as coisas acontecem (como me vou rir quando reler isto). Não o tinha reconhecido até agora. Revoltava-me estar "quieto" em casa, não poder sair, ter sempre o mesmo dia-a-dia e, acima de tudo, esperar quando sentia (e sinto) que tudo à minha volta corre sem parar. "E eu aqui parado a olhar!", revoltava-me eu. Mas é suposto ficar a olhar (nem tudo o que é suposto sabe bem, não é?). É tempo disso. E, assim, esperarei.

12 de julho de 2008

Olho para trás, vejo tudo quanto escrevi e penso: serei este mesmo Eu? Penso na imagem que poderei dar ao escrever todas estas letras, todos os pequenos textos em que me exponho, em que tenho exposto toda a dor que me vem assolando (a qual é bem maior do que aquilo que descrevo) e chego à conclusão que devo parecer uma pessoa horrível, amargurada e totalmente desiludida com a Vida.

Estão certos.

No entanto, esse grau de desilusão a que cheguei permite-me largar todo o ser tendencial que existe numa pessoa que não desceu ao fundo do poço (será?) e poder tentar avaliar, imparcialmente, o valor que esta Vida tem.
É de noite e, por isso, as minhas palavras poderão sair mais... benevolentes. Hoje dei por mim a pensar, seriamente, que só as pessoas que receberam muito más notícias a seu próprio respeito e que vêm o seu futuro limitado é que (dizem) conseguem ver a Vida em todo o seu esplendor e beleza, dar o seu "real" valor (seja o que isso for). Pois nestes dias, apercebi-me que já dava à Vida algum valor no passado mas, no fundo, tudo acaba por correr em auto-gestão, ou seja, damos sempre tudo por garantido, que todas as coisas sempre estarão lá. Ora isto, quanto a mim, poderá ser duplamente perigoso: por um lado, isso é uma ilusão perigosa que, assim que se desvanece, mostra o quão periclitantes somos; por outro lado, desvanecida a ilusão em que se vivia, e tomado a consciência daquilo que aparentemente somos - um "grão" fugaz ao vento desta realidade - corre-se o sério risco de nos acharmos ainda mais diminutos e irrelevantes ao tomarmos consciência em simultâneo que, apesar de partirmos a qualquer instante, o mundo continuará, impassível e inamovível, como se nada fosse. "Céus, é a minha vida! Ao menos tirem um diazito de folga para pensarem no que se perdeu!", pensam então, e eu pergunto, vocês pensam nos milhares que estão a morrer de fome, de doenças, nos que estão a lutar contra doenças incuráveis, que dariam tudo para ter mais um dia como tiveram em tempos idos... o que eles não davam pelos tempos idos... Quando esses partem, lembram-se deles? Sabem sequer que eles partem? Não, pois não?... Por vocês também só os que vos são chegados é que se lamentarão mas o mundo continuará a girar e as pessoas a cantar no carro e a jantar alegremente em redor da mesa, enquanto que, ao redor de outra mesa, outras pessoas choram porque se extinguiu aquilo que para elas era uma Luz. E essas pessoas não serão as mesmas porque tudo na vida nos muda, e afinal, o mundo não é o mesmo porque essas pessoas mudaram. Porque o mundo somos nós. "Mas ele nao vai parar quando partirmos!!". Pois não. É angustiante, não é? Muito para além da mítica depressão de adolescente em que nos apaixonamos por correntes filosóficas que exploram essa vertente angustiante da Existência da vida.

A Existência? O que é isso?

Eu não sei e gostava que me explicassem. Porque as explicações que eu tenho, tenho-as tirado do que me acontece e, mesmo assim, não é com a frieza lógica de um raciocínio, o que contribui para uma franca confusão. São mais as excepções que a regra, antes, é mesmo a lógica de "cada caso é um caso". E é com base nisto tudo que olho e vejo (quando não estou perdido de nauseas e vertigens, deixando-me terrivelmente pessimista) que a Vida é, de facto, um milagre. Não o digo por ser bonito, não o digo tendo-o em mente todos os dias (nem de semana a semana, se calhar), não o digo porque estou quase a deitar-me e foi mais um dia que passou e ainda estou grato por estar vivo sem saber o que o amanhã me reserva. Digo-o porque é de facto um milagre, um milagre existirmos, um milagre termos essa capacidade de podermos mudar o mundo, de poder ter consciência do que nos rodeia (para o Bem e para o Mal), de apreciar (quando temos cabeça para isso) as coisas boas da vida, de sentirmos o Bem, o Amor, a Felicidade, a Alegria, a Vitória, o Mal, o Ódio, a Tristeza, a Desilusão, a Perda... Parafraseando o slogan de uma campanha, "É seres Humano, estúpido!". Se estou vivo, porque é que não hei-de aproveitar isso mesmo? É que mais facilmente estamos mortos (numa La Palissada de génio)! Isso sim, é que é para sempre! E aí é que não poderemos gozar nada (quem me conhece sabe que não sou totalmente desta opinião), não podendo usufruir, pelo menos, de tudo o que temos no presente. E essa história do Presente ainda é outra: sendo tudo tão fugaz e irrepetível porque é que não se há-de aproveitar tudinho até ao fim (desde que possamos)? Até as lágrimas, até as saudades...

É que somos um "grão", sim... mas um "grão" de Ouro!

4 de julho de 2008



Esta é sobre ti. Tem amor e ódio é para ires
ouvindo nas tuas horas de ócio.
Ínfima parte de um sonho perdido, libertei-o já
o tinha esquecido. É o sinal.
Espero um momento na sombra da rua, ouço
uma voz que me lembra a tua.
Passei pelo risco de sofrer por não ler
os teus sinais.
É o sinal para recomeçar.

Quero ver gente, quero ver a terra
chegar a casa e ter alguém à espera

quero um presente, quero ser bera
quero ser submissa, quero ser a fera
.

Leva-me às areias quentes que mastigam os
sentimentos e me deixam nua perante os
elementos. Ensina-me a escavar objectos sem
estragar, para que sorrir seja sempre vulgar.
Dá-me de beber finas gotas desse mel, para
que o meu saber não esteja só no papel.
Incita-me a lembrar do teu gosto pelo mar para
que um dia fique pronta a zarpar.

Espero que amanhã tudo seja diferente
e que tu possas estar presente.

Refrão (x2)

Incita-me a atirar os dados sem soprar
para que te vencer seja vulgar.

Refrão...

Mesa - Esquecimento - 2003(ou 4)

3 de julho de 2008

"In all affairs it's a healthy thing now and then to hang a question mark on the things you have long taken for granted."
B. Russell (o que eu adoro este homem!...)

Uhhnn?? A sério???...

Ao que eu adiciono (já mais a sério): e se nao formos nós a fazê-lo, a Vida trata disso.