2 de dezembro de 2006

The Empire Strikes Back!

Parecem milénios... entre o tempo que passou e o tempo que voou resta um tempo que mal dá para respirar, quanto mais para contar o que se passou...
Neste momento sou investigador em Imunologia, mais em particular em Glico-Imunologia na Faculdade de Ciências Médicas... Espero que me seja atribuida daqui a um tempo uma bolsa para que possa tirar o Doutoramento para que possa prosseguir com um pouco mais de segurança a vida profissional que eu escolhi e que adoro... O grupo de trabalho é pequeno mas é fantástico e, engraçado, sou o único elemento do sexo masculino lá no meio. Tirando isso, o trabalho decorre bem, esperando que venha a ser publicado nas revistas da especialidade (which would be nice!).
No plano mais privado, continua tudo sobre rodas. A Vânia e eu continuamos juntos e vamos fazendo pela vida... Uma relação dá trabalho e, acima de tudo, é preciso ser egoista e altruista, racional e emocional, eu e nós... acho q não é preciso dizer mais nada :)
Musicalmente... não tenho banda neste momento... Não toco musica em colectividades cujas direcções (quer administrativas quer musicais) não reconheçam o esforço, o sacrificio e o trabalho que se desenvolve por amadores cuja única recompensa é o simples prazer em fazer algo tão belo e tão sublime como música. O amadorismo em portugal tem os dias contados se continuarem a haver direcções e comissões organizadoras de eventos que tratem os amadores como seus criados e não como convidados que dignificam a festa e o nome das localidades que representam...
Foi um longo Verão e um Outono um pouco mais curto mas um Verão terrivel... declaro o Verão de 2006 "stationa horribilis" e espero que o calor não me atormente como neste ano... nem a doença...
Mas agora tudo passou... completei 26 anos há uns dias e os 30 estão cada vez mais perto... mas continuo a sentir-me com menos de 20 muitas vezes... síndrome de Peter Pan?... :)

E ainda não foi desta que se viram livres de mim! :)))

25 de julho de 2006

Mudanças

É muito complicado tentar por em palavras o turbilhão que a minha vida tem atravessado nas últimas semanas. Desde a ultima vez que escrevi que muita coisa aconteceu… futebolística, internacional mas sobretudo pessoalmente.
Tudo começou há quase um mês. Após um anúncio enviado por uma ex-colega minha de faculdade candidatei-me a um lugar num laboratório, lugar esse que consegui felizmente. Mas, como se devem lembrar, continuava vinculado à fabrica, o meu primeiro emprego, do qual guardo muito boas e más recordações mas, felizmente, mais boas que más. À Fapajal agradeço o ter-me aberto os “olhinhos” profissionalmente, o ter criado amizades, o ter contribuído com mais um bloco na minha formação pessoal.
Foi, por isso, uma separação dolorosa. Quis fazer tudo da melhor maneira, da maneira que agradasse a gregos e troianos e menos prejudicasse ambas as instituições. Foi a primeira vez que tal aconteceu e foi para mim uma pilha de nervos…
Ao mesmo tempo que tratava esta transição, um facto muito, muito mais negro aconteceu na minha vida. Uma pessoa, que tinha em altíssima estima e num lugar muito querido no meu coração faleceu. A D. Ana Maria deixou este mundo e, com ela, aqueles conselhos maravilhosos que, quando eu tanto, tanto precisei, lá estiveram… Uma pessoa tão doce, tão sábia, tão viva… E precisamente agora, num turbilhão muito parecido ao que se passou há 3 anos, em que ela me valeu tanto, em que eu preciso tanto dela, ela já não está… Tenho outras pessoas maravilhosas na minha vida mas aqueles conselhos dela… são insubstituíveis… outras situações constrangedoras relacionadas com o stress do dia a dia, consequências de consequências do que se vai passando, aumentaram a minha ansiedade e, num destes belos e sufocantes dias de Verão, tive um ataque de pânico… Eu NUNCA tinha tido um ataque de pânico… Não desejo um ataque de pânico a ninguém mas toda a gente que passar por um, acredite que vai perceber que está a tê-lo…
Foi aí que soube que tinha batido no fundo… procurei ajuda e ela veio com o apoio dos que mais me amam a meu lado… agora as coisas estão a compor-se mas o peso dos desafios que tenho pela frente ainda é muito grande…
As boas noticias são que vou ter férias… mas que férias?... só desejo uma férias tranquilas e sem preocupações e para isso tenho um dos maiores desafios pela frente: parar a cabeça… é tanta coisa à roda… Peço desculpa pela minha não-frequência de update do blog mas a inspiração não é coisa que me venha com frequência ultimamente mas acreditem: vocês não são esquecidos… nem que os melhores dias virão…

27 de junho de 2006

Ponto da situação...

Novidades são poucas... neste momento, aproveito uns meros minutos de pausa, visto que o trabalho abunda "derivado ao facto" (em bom tuguês) do meu chefe estar de férias. E, é claro, sobra aqui para o mexilhão.
Em mês de festejos, fui às festas da minha cidade-natal, Lisboa, a das 7 colinas, coisa inédita para a minha pessoa... gostei! Do ambiente, da festa, dos sons que encheram a minha Lisboa, de estar toda a gente na rua á noite, de passear á noite por bairros tipicos e avenidas proibidas durante o resto do ano... Lisboa estava pintada de alegria e pulsava de vida.
Não houve idas á praia a não ser este fim-de-semana... e o tempo nem ajudou... e ainda bem! A altura é de descanso, o corpo está moído e, como todos sabem, um dia de praia é exaustivo... sendo assim, acabei a Manopla de Karasthan e o Winter King e estou prestes a acabar o Enemy of God, deixando-me simplesmente o Excalibur (para minha pena... uma historia daquelas devia ter uns 10 livros...)... Mais uma vez digo, leiam-me esses livros... qualidade dessa, hoje em dia é muito rara...
Fui também ao cinema. Vi o Codigo d'Avintes e, não tendo lido o livro, gostei do que vi... o Forrest Gump estava mais animado ou, pelo menos, menos soturno que nos ultimos filmes, o Gandalf parecia que tinha tomado Prozac em doses industriais, a Amelie continuava a ver coisas onde nao existiam (agora até pensa que é descendente de Jesus, querem lá ver a cachopa...) e até o Dr. Octopus continuava a meter raiva... so faltou o Homem-Aranha... piadolas á parte, o enredo estava muito bom e em termos de pormenores (como o do funeral do Newton) achei que estava impressionante... um bom filme, portanto, neste deserto de qualidade cinematográfica que nos assola...
Junho está a acabar e Julho já cheira a férias... ou, muito possivelmente, não... este ano, devido a alguns acontecimentos inesperados e que se desenvolveram com uma velocidade assustadora posso ter de cortar as minhas férias. Valores mais altos se levantam... a conferir nos proximos capitulos...
E para finalizar, um "piqueno" comentário á Selecção: aproveitando os desenhos no chão, da proxima vez, usem a tactica do Quadrado... resultou contra os espanhois há 623 anos atrás e de certeza, perante tamanha cavalaria laranja, que resultaria e, caso os lobbys na FIFA continuem a actuar, pode resultar... é que há bifes duros de roer... A ementa está lançada: os aperitivos foram vários - uma moamba angolana, couscous iraniano e um shotzinho de tequilla; para previnir das "traições" do tempo, um chazinho de laranjeira antes da maravilhosa ceia: bifes como molho á Cristiano, Picanha á Scolari (com opção de Fondue de Queijo á Pauleta, para os mais indecisos) e tudo isto regado no final com umas canecas de cerveja Alemã... uma refeição de Campeões!

6 de junho de 2006

O avanço da pantufa...

Agora é a minha vez de fazer conversa de velho... Este fim de semana fiquei quieto em casa (tirando no sab á tarde em que fui visitar, com a minha mãe, uma vizinha minha e demos um pulito ao Quilombo) e estive a descansar o espirito e o corpo... adivinham-se tempos de ansiedade à frente e isso, aliado ao extremo cansaço que sinto, não vai facilitar o tempo que me falta até ás férias...
Descansar o espírito é mais rápido. deitadinho e descansado a ler uma recém desconberta minha que vivamente recomendo aos leitores do género. É o primeiro livro de uma trilogia (Warlord Chronicles), Nº 1 nos paises em que foi publicada, no âmbito dos mitos Arturianos: "The Winter King". O 2º e 3º Livros são, respectivamente, "Enemy of God" e "Excalibur". Para além da excelente qualidade de escrita, do ponto de vista histórico está muito bem fundamentado e revela muitas informações que contrariam um pouco a corrente e as histórias do "rei" Artur, ou como diz no livro, "the King that Never Was"... O autor é Bernard Cornwell. É um "Senhor". Recomendo... Ah, e se nao me engano acho que já vi por aí o 3º volume das Crónicas de Allarya - A Essência da Lâmina ;) Se o Francisco José Viegas lesse este post fazia-me uma espera á porta de casa... ainda pensava que lhe queria roubar o emprego...

30 de maio de 2006

Lost...

Estou fulo!! Perdi ontem o meu telemovel... e isto irrita-me sobretudo porque não é a primeira vez que o perco da maneira que o perco. Para além de já ter gasto mais do que acho digno nesses aparelhometros. São umas coisas tao simples e tão caras... Ainda não perdi completamente a esperança que o tenham encontrado e dado a guardar a quem de direito, mas é apenas uma réstea. E então se este mês foi bom para estas coisas acontecerem.... Que Junho seja melhor...

25 de maio de 2006

IMPE

IMPE é a sigla de Instituto Militar dos Pupilos do Exército. E essa é a minha casa-mãe. E hoje, dia 25 de Maio, a casa-mãe de milhares de pilões (nome pelo qual nos identificamos internamente e, hoje em dia, mais exteriormente), o Pilão (que é outro nome para IMPE) faz 95 anos.
Na ressaca da implantação da República, o então ministro da Guerra, General António Xavier Correia Barreto, decidiu criar a Obra Tutelar do Exército de Terra e Mar, compostos por três estabelecimentos militares de ensino, dois deles já existentes e mais um criado pelo mesmo decreto-lei de 25/5/1911, nesta ordem: o Colégio Militar (antigo Real Colégio Militar e nossos eternos rivais), o Instituto da Torre e Espada (antigo Instituto D. Afonso e actual Instituto de Odivelas - sempre para meninas) e o Instituto dos Pupilos do Exército de Terra e Mar. A função (pelo menos) deste último, desde sempre e descrita no decreto-lei: "formar cidadãos uteis á pátria". O primeiro objectivo da sua existência era abrigar os filhos, e sobretudo orfãos, de militares, providenciando ao mesmo tempo a formação técnica necessária. Ao mesmo tempo, orientavam-se essas mesmas crianças para que no futuro pudessem incorporar os quadros das Forças Armadas no futuro. No caso do Pilão, as crianças que entravam na instituição eram sobretudo filhos de sargentos e praças, pelo que os filhos de oficiais iam sobretudo para o Colegio Militar (daí a sua maior fama). Com o passar dos tempos essa diferença de classes foi-se esbatendo embora essa orientação de classes tenha deixado as suas marcas (boas e más) no modus operandi de cada instituição: o Colégio Militar ainda hoje tem os anos catalogados pelo sistema antigo (5º ano-> 1º ano... 12º ano -> 8º ano) apesar da optima qualidade de instalações e, não duvido, de ensino. Mas são, sem dúvida mais rigidos e arcaicos, em relação á filosofia do Pilão. Se há instituição que conheço em que a mítica virtude tuga do desenrasca está bem vincada é mesmo no IMPE. E foi, talvez, graças a essa filosofia de formação técnica rigorosa e criativa que o Pilão sempre esteve na vanguarda do ensino, tendo, ao contrário do Colégio, sido agraciada com a criação dos Cursos Superiores Politécnicos, hoje Bacharelatos (Engenharia Mecânica; Eng. Electrónica e Telecomunicações; Eng. de Sistemas de Potência; Contabilidade e Administração). A formação superior era uma necessidade e foi concretizada, abrindo assim uma via para um caminho não-militar mas cumprindo sempre o ideal do General António Correia Barreto de "formar cidadãos uteis á patria". E não é raro encontrar Pilões nos mais altos cargos quer de empresas , quer do Estado. Ainda assim, nos últimos anos, o sonho da Licenciatura 100% pilónica é algo ainda muito forte, apesar dos diversos protocolos de entrada directa para conclusão bi-etápica de licenciatura assinado com diversas instituições do Instituto Politécnico de Lisboa.
O Pilão foi a minha casa de 1990 a 1998, não tendo tirado lá a minha licenciatura (que tirei na Faculdade de Ciências de Lisboa). Foram 8 anos com coisas boas e coisas menos boas, como em todo o lado, mas das quais, felizmente, ficaram muito mais boas memórias. A essa casa devo a minha educação e, raro nestes dias, grande parte da minha formação moral e ética. Quantas escolas cumprem esse desígnio? Educação não é só Instrução e num mundo em que muitos apregoam a gritante falta de valores, o tirar a vida por "dá cá aquela palha", instituições como esta têm e fazem todo o sentido de existirem. Há uns anos atrás (estava eu quase a acabar o curso) não era isso que entendia o Governo, chegando mesmo a ser noticiado que o IMPE iria fechar... e durante 2 ou 3 anos não houve mesmo admissões ao 5º ano. "Porquê", pensaram eles, "ter duas instituições que devem ser a mesma coisa e até estão relativamente perto, geograficamente?" Estavam tão longe da realidade (porque NÃO são nem nunca foram, definitivamente, a mesma coisa)... Mas alertando quem de direito, essa decisão foi revogada e há 2 anos que voltou a haver novos Pilões a correr pelo Instituto.
Encontrei nessa altura má um professor meu do Secundário (que até era também director de curso do Secundário) quando andava ás compras e perguntei-lhe como é que as coisas iam. Tanto ele como a sua mulher deixaram transparecer a sua tristeza, ao dizerem que era uma desolação ver a parada da 1ª secção (onde se leccionam o 2º e 3ºs Ciclos) á hora do lanche quase vazia. Se a mim me doeu eu imagino a eles: afinal, muito antes de eu ter lá entrado já eles aí ensinavam.
O Pilão a isto sobreviveu e a tudo sobreviverá, disso tenho a certeza. É uma casa apaixonante, rica em tradições, edificante em carácter, democrática em essência, fraterna de coração, única no Mundo... uma "casa tão bela e tão ridente, que tem por lema seu: Querer é Poder! Querer é Poder!"

23 de maio de 2006

De molho...

Como dizia alguém ;) "está mais que provada a importância do fim de semana!"... E não é que foi mesmo? Não, não li a Manopla de Karasthan mas fiz algo muito melhor, vivi que nem um puto (sim, como se fosse muito velho, HA!) : só vi televisão e vi um DVD e joguei computador (Heroes of Might and Magic IV - um dia faço um post sobre isto, na onda do velhinho Templo dos Jogos...)... e dormitei (o que sabe sempre bem ao fim de semana)... Tudo tem o seu lugar na vida e acho que, olhando pra trás, está na hora de descansar... os meses anterior foram riquissimos em passeios e visitas. Praticamente toda a região de Lisboa e Vale do Tejo, Beira Litoral e boa parte do Alto Alentejo foi batida, o que é muito quilometro... o corpo nao é de ferro e com mais um ano de trabalho continuo e tanto quilometro feito ele tinha de dizer "basta!"... A alma pode ser indestrutivel, o desejo de saber e conhecer mais, irredutivel, mas o corpo tem limitações... Mas isso, nada que uns fins de semana calmos não resolvam... Penso e acredito que quando a alma está ricamente alimentada e repousada, que a recuperação do corpo é significativamente mais rápida. Mens sana in corpore sanum já diziam esse grandes malucos dos romanos que inventaram mais uma maravilha da civilização: os banhos! E é a ansiar por um banho bem relaxante que vou continuar a trabalhar, até porque tenho de por as mãos em algo muito, muito poeirento a seguir. Ai, santa auguinha... ;)

19 de maio de 2006

Sopas...

Estou tão cansado... mas tão tão tão cansado... se me dissessem que amanha ia de férias eu achava que seria mentira... mais do que na semana passada (e esta que passou tão rápido, céus...), preciso MESMO de descanso... E estou tão cansado que o meu post vai ficar por aqui (não por rudeza mas porque nao tenho mesmo nada para contar ;) )...

P.S.- Ah, e o casamento correu muito bem e só graças á geração anterior á minha é que tive um oásis (vide post anterior) assim dos grandes... :)

12 de maio de 2006

Arroz à Esquílo e descanso...

Depois do sucesso retumbante (lol) que foi o meu post ontem, decidi hoje boicotar a adição de mais uma pérola da sabedoria e fazer uma projecção do que podera ser o meu fim-de-semana. E tudo se resume a uma palavra: Sahara! Sim, já estou a ver os camelos e muito poucos oásis... Amanhã tenho um casamento e isso pra mim significa uma coisa: seca. Compreendo que seja uma festa mas quando só se conhecem os noivos, a irmã da noiva (e familia), a mãe da noiva e a minha namorada (e familia) num casamento que terá 10x mais gente devo dizer que é uma boa oportunidade para treinar a táctica da camuflagem "á esquilo": low profile e pouca conversa. A tactica é assim denominada devido ás incontáveis horas que eu e o meu amigo Alberto passámos a jogar Star Wars. Certos níveis so podiam ser passados a correr como se não houvesse amanhã pra nao apanhar os inimigos todos em cima - não havia lightsaber que aguentasse... Como os bonequinhos saltavam imenso, pareciam esquilos e daí a espressão "fugir á esquilo"...
Amanhã não vou passar níveis mas é como se fosse. Não gosto muito de multidões (excepto as do Euro 2004 - ahhh, a saudade...) e quando tenho de fazer boa figura, então, o melhor é estar como se não estivesse lá... á esquilo :)
No Domingo não sei o que vou fazer mas eu queria tanto descansar... tanto... e se possível dar o meu 2º banho do ano... mas eu só queria descansar... mais nada... ler a minha Manopla de Karasthan e vegetar... mais nada... a vida é tão simples e com prazeres tão simples...

11 de maio de 2006

Elas andam aí...

Antes de mais nada, estou danado com os senhores que permitem à minha pessoa ter aqui um blog, visto que a sua eficiência em pôr os post e comentarios online está a deixar muito a desejar.... Mas adiante...

Tinha tantas coisas para falar mas não me lembro de nenhuma em particular. Prefiro então fazer um balancete do que tenho feito (pode ser que venha daí alguma ideia)...
Estes dias têm sido algo agitados com concertos a dar, muito trabalho na fábrica e alguns passeios por aí... Os dias puxam a isso, o calorzito já se faz sentir e num destes dias, acho que até foi no 1º de Maio (sem desrespeito por ninguém que tenha trabalhado por aí), fui até à praia... mais concretamente, Foz do arelho city... aos anos que lá não ia... Mas a lagoa continua na mesma e a água também - gelada! Lembrei-me então que estávamos em Maio e tudo se justificou. No entanto, nao demovido pelo gelo, fui á procura de um local qem que a dita água estivesse mais quentinha... e como quem procura sempre alcança, lá alcancei um local uns bons graus acima! Soube tão bem... O primeiro banho do ano é sempre um luxo e quase inesquecível.

Ainda não tive ideia nenhuma...

E já vamos quase no meio do mês... O calor continua a aumentar e já se começam a contar os dias para férias... a mim faltam-me precisamente 2 meses e 14 dias. Vão passar que nem um tirinho... as férias, não os 2 meses e 14 dias...
Tudo isto me faz lembrar do bem que as pessoas s snetem ao não fazer nenhum. Mas não fazer nenhum também exige uma certa perícia e, até mesmo, uma certa arte. caso contrário cai-se no aborrecimento, o que contraria em absoluto todo o conceito de férias. Ir de férias para nos chatearmos é rídiculo. Faz tanto sentido como o um Urso polar no deserto (que se calhar já por lá andaram)... Mas as pessoas gostam imenso de não fazer nenhum. Pelo menos eu e os que me rodeiam adoramos. Mas atenção que eu encaro as minhas férias não como algo que devia ser frequente e natural mas sim como um prémio pelo esforço desenvolvido ao longo do ano. Acho que também podiam ser mais dias mas isso é outra história (p.e. acho que na quadra natalícia, desde a véspera de Natal até ao ano novo, devia haver férias - são 6 dias, o que é isso?...). Mas falo sobretudo do prazer que é ir para férias com o dever cumprido, consciencia tranquila e sabermos que estamos a gozar algo que fizemos por merecer. É tão bom... E depois há o ir pra férias ainda a pensar no trabalho e em vez de se levar a cabeça para descontrair, ela fica em casa, ou pior, no trabalho. Esse é o maior erro que se pode fazer. O corpo humano está preparado pra uma carga de trabalho/stress média ao longo do ano e, como sabemos, o stress é gerado (e sofrido) em grande parte no cérebro. Deixar o cérebro no local de stress é um erro, parece-me portanto. Temos de aproveitar esses dias para quebrar a rotina. Lembrei-me que havia um povo que tinha um ritual anti-rotina: quando chegava a uma certa altura do ano, partiam da sua aldeia para outro ponto da região e aí organizavam um festival em honra de um dos seus deuses durante uns dias. Escusado será dizer que quando (por algum motivo) nao faziam esse ritual as coisas nao corriam bem e entao decidiram ser obrigatório que TODOS o fizessem, não fossem os deuses ficar furiosos e descarregar neles a sua raiva.
De qualquer forma, com deuses ou sem eles, as férias fazem falta, estão quase aí e... vou parar de falar em férias porque estar a falar de férias no trabalho é masoquismo :)

Viram como tive uma ideia :)

E desta acho que compensei!

27 de abril de 2006

Walking on sunshine...

Ando desleixado... Já não escrevo há quase 10 dias e não pode ser... Estes feriados dão cabo de um blog... Mas o que interessa é que tenho andado por aí e sabe mesmo muito bem... O andado por aí nao é sinonimo de ir muito longe... pelo contrário, há uns dias atrás, fui a um sítio onde antigamente passava os meus fins-de-semana: a terra dos meus pais... É impressionante o quanto o tempo passa, já lá nao ia há 2 anos e essa ausência é mero fruto de um adiamento simples do tipo "p'rá semana eu vou...". E sabe Deus o quanto eu adoro lá ir. Não é para menos: foi onde eu cresci durante as férias e os fins de semana da minha infancia (é isto que nos faz velhos), onde tenho as melhores recordações, os verões intermináveis, as brincadeiras sem fim... Matei algumas sudades mas nem metade. Quero lá ir sem ser por ocasião de festas e estar com as pessoas calmamente, contando o que se passou entretanto, e relembrando um passado lindo...
Não é a minha terra propriamente, mas as minhas raizes estão lá e é a minha família que são também os meus amigos e isso é um tesouro riquíssimo... e é isso que torna a Vida bela...

Isto 'tá assim meio p'ró curto, nao está? Depois compenso...

18 de abril de 2006

Soltas...

Hoje apareceu isto no meu caminho...

"
Impossível

Impossível cantar-te
como cantei o amor adolescente
colorindo de ingenuidade
paisagens e figuras reduzindo-o
à mesma atmosfera rarefeita
do sonho sem percurso no real

Impossível tomar o íngreme caminho
da aventura mental
ou imaginar-te pelo fio estéril
da solitária imaginação

Tão-pouco desenhar-te como estrela
neste céu infame
dizer-te em linguagem de jornal
ou levar-te à emoção dos outros
pela voz contrafeita da poesia

Impossível

Impossível não tentar dizer-te
com as poucas palavras que nos ficam
da usura dos dias
do grotesco discurso que escutamos
proferimos
transidos de sonho no ramal do tempo
onde estamos como ervas
pedrinhas
coisas perfeitamente inúteis
pequenas conversas de ferrugem de musgo
queixas
questiúnculas
arrotos comoventes".

Alexandre O´Neill

... e gostei!

6 de abril de 2006

Curtas...

... as semanas, deveriam ser todas como esta. :) Este é o meu ultimo dia da semana de trabalho. Amanhã vou tirar o dia, vou aproveitar para dar umas voltas que já tenho adiadas há muito (p.e. ir buscar o meu canudo á reitoria - shame on me...), vou levar o meu carrito á revisão e descansar um pouco já que desde Agosto que não tenho férias. Doces os tempos de estudante em que tinhamos férias a tempo e horas 3 vezes por ano (que saudosismo ;) )... mas tudo tem que passar, pois assim nos sentimos vivos e damos mais um passo para aceitarmos o que o Futuro nos reserva... De qualquer forma, o que tem de chegar, chega mesmo e quanto mais resistirmos pior. Por isso, em vez de voltarmos as costas á vida, devemos dar a cara e respirar profundamente, sem medo... e escutar atentamente o que a nossa Voz interior nos diz... mesmo que tudo á volta nos diga o contrário: pode bem ser que a mudança venha connosco... TODOS somos importantes e quando alguém se perguntar se faz alguma diferença no Mundo basta lembrarmo-nos de duas coisas: TUDO está correcto e TODOS somos amados. E muito!...

5 de abril de 2006

Vai ou não vai?

Eu adoro o sol... eu adoro a chuva... mas gosto das coisas no lugar delas, 'tá? :) Quer dizer, chove, não chove, faz sol, nao faz sol... vocês, aí em cima, decidam-se!... P'ra chover que chova muito e da grossa... A fazer sol, que esteja como no fim de semana: quentinho, com uma brisa maravilhosa, um clima mesmo bom para a contemplação e usufruto das coisas boa da Vida... Mas isto assim é que não mesmo...temos de ser imparciais: 1 semana d sol e 1 semana de chuva... ok, estamos em Abril, vá lá, 2 semanas de chuva e 4 dias de sol... mas que valham a pena, hã?!?... :)

28 de março de 2006

"Strength and Honor"

Após uma longa semana estou de volta...E é bom...Não foi pelo falecimento do Sr. António Maria, nada disso, simplesmente não tive muito para escrever... queria buscar inspiração mas ela não vinha (aliás, sempre fui horrivel para puxar um tema). Prefiro muito mais que me dêem um e para depois desenvolver. Mas este fim de semana, no qual aproveitei para carregar baterias, por causa de um filme ("o Heroi") lembrei-me de fazer um post.
O filme já tem uns anos (não muitos acho eu). No entanto, os valores que contém são, ou deviam ser, em minha opinião, intemporais. Quanto a mim, aquilo que o tornou Heroi não foi a sua destreza com a espada ou a sua esperteza no seu esquema para chegar até ao Rei (futuro Imperador); o que o tornou Herói foi o seu sentido de Honra e Valor, a sua determinação e o seu sentido de Bem Maior (que no contexto do filme pode ser nomeado como sentido de estado). Foi Heroi porque colocou os interesses da futura Nação acima dos seus objectivos pessoais de vingança, foi Herói porque colocou a sua Honra até ao ultimo instante em tudo o que fazia, mostrando o seu Valor, enfrentando frontalmente o seu inimigo, levando a cabo o seu plano até ao fim impecavelmente, tendo tido a liberdade de escolher qual o futuro do seu objectivo. E o seu objectivo não era o Rei mas sim o povo. E foi ao defender esse seu povo que a sua Honra se revelou em todo o esplendor.
Não há muita gente assim hoje em dia. Não digo capaz de dar a vida pela nação mas que saiba defender valores mais altos em vez de deixar o Ego prevalecer. Para mim a Honra é um dos valores supremos do Ser Humano. E o mundo seria um lugar muito, muito melhor se todos reflectissem um pouco no Esquema Maior das coisas antes de fazer o que fossem fazer. Aí veriam que a Honra estaria a seu lado e muitas das asneiras que se vêem por aí não existiriam.

22 de março de 2006

Passagens...

No outro dia, quando cheguei ao emprego, deram-me a notícia que um dos colaboradores da fábrica tinha falecido durante o fim-de-semana. No momento não quis acreditar. O sr. António Maria, de 56 anos?... Não... não era possível...
Esta seria a altura em que faria o elogio da sua personalidade e do homem bom que era. Era um homem bom e isso diz tudo. Conhecia-o unicamente há 2 anos mas para mim era como se o conhecesse desde sempre. O dia-a-dia aqui na fábrica, quando ele estava no turno da manhã ou no da tarde, permitiu uma vivência e inumeras situações que me fazem recordá-lo com carinho e muita amizade, apesar de algumas discussões que são perfeitamente normais. E isso é que é engraçado: até agora foi a única pessoa com a qual discuti e me chateei aqui dentro... O politicamente correcto nessas raras alturas era deixado de parte e debatia-se tudo até á exaustão. Mas mais do que isso, eram todos os bons momentos, os momentos em que me contava histórias de vida, lições aprendidas, os seus poemas com humor (picante ou não) entre tantas coisas mais... Sinto muita falta do avô Cantigas ou Ti Bigodes (no qual ele tinha muito orgulho) ou Pavor (já que ele me chamava Virgulino, por piada ao nome e por carinho, e que eu, lembrando-me de um nome que eu vi, completava-o)... Para ele, eu era o puto... Ontem vi-o pela última vez... que a tua Vida perdure, que caminhes na e pela Luz e que tenhas tudo de Bom da próxima vez que cá voltares...

17 de março de 2006

Chuva...

Já ontem tinha vontade de escrever mas nao sabia o quê... Hoje o tempo que está a fazer dá-me uma oportunidade (mas nao só o tempo)...

O pseudo-Verão que aconteceu no início desta semana foi algo que nos renovou a energia e nos deu ânimo... estamos um pouco fartos de todo este tempo frio e desta chuva que muitas vezes cai quando nao deve, se bem que por outro lado temos consciencia que ela ainda faz muita falta (só isso nos faz aguentar tamanho cinzentismo)... eu quero os dias de Sol e de calor (não muito) de volta... estamos a precisar de animar!

Quem não está a precisar de animar é o pessoal de França. Depois do Maio de 1968, está a acontecer é a maior mobilização estudantil no país do sr. Chirac. E com toda a razão. Os senhores do poder querem dar a liberdade, a quem manda, de poder despedir sem justa causa e sem pré-aviso qualquer jovem até aos 26 anos sob sua alçada. O emprego, que era precário, tornou-se periclitante. Não pensem as pessoas que lá por isto se passar no país do queijo que não nos pode afectar. Nada disso. Sendo a França e a Alemanha os motores da União, o que acontece por lá, muito rapidamente acontece por toda a Europa (lembrem-se dos motins dos emigrantes em Paris). E tendo em conta que neste país há uma tendencia muito engraçada (ou não) de copiar tudo aquilo que ajude a limpar os números que temos de entregar á União, então, estes acontecimentos são bastante preocupantes. Houve direitos conquistados na Revolução dos Cravos, direitos esses que têm vindo a ser "actualizados" em nome de um deus (aos olhos de quem manda) maior, tornando-os cada vez menores... Por mim, esta situação nem m devia preocupar visto que, não tarda, estou fora da idade de perigo. Mas preocupa-me ver gerações vindouras com os empregos ainda mais precários, sem condições nem segurança para investir em algo concreto e útil para a sua Vida, não criando assim as condições para que possam cumprir a sua missão aqui na Terra. Se com estas medidas se pretende que a produtividade aumente, é preciso não esquecer que sob um clima de medo e repressão os resultados não aumentam mas sim diminuem consideravelmente. Vejam exemplos como o da empresa Google, em que os empregados passam mais tempo no trabalho do que em casa... a razão é simples: as condições que eles têm no trabalho são tão boas ou melhores que em casa, sendo que esta só lhes serve pra ir dormir (já que na empresa eles não têm camas). Uma empresa que investe no conforto e segurança dos seus empregados, mais facilmente ganha a sua confiança e, tomando os empregados a empresa como algo seu, o seu empenho e optimo desempenho. O princípio da Selecção Natural (se pensarmos num princípio de melhor pessoa para o lugar) é aplicável mas não quando todas as condições são adversas...

Não é meu interesse tornar este espaço num lugar político. Mas é meu interesse discutir tudo o que seja humano e humanista. E, a meu ver, esta intenção política está embuída de uma profunda desumanidade... Mas tenho a ressalvar que os responsáveis politicos deram ordens para que a Policia não retalie qualquer acção dos manifestantes, o que é de louvar... mas só isso...

14 de março de 2006

Lavando a cara...

Ainda na onda da transição, decidi dar novo rosto aqui a este humilde site... Para mim, este sitio começa a ser (mais) um ponto de reencontro comigo mesmo, em que aproveito para reflectir muitas vezes de maneira diferente sobre o que me tem acontecido, um sitio onde me sinto confortável e à vontade para me extravasar... E pensei, já que me estou a renovar, porque não renovar outras coisas... O outro "cenário" era simples, calmo e tranquilo, um bom ponto de partida para uma viagem que se queria serena e enriquecedora... Já passou quase um ano e meio e como não há tempo de mudar senão o presente, aqui está (de entre os modelos disponíveis) o "cenário" com que mais me identifico nesta nova fase... espero que gostem e que vos inspire tanta Paz como me inspirou a mim...

13 de março de 2006

Transições...

Queria pôr em palavras o que senti este fim-de-semana... não consigo... é demasiado intenso e no entanto tão etéreo para que possa descrever... entrei numa nova fase da minha Vida...
Ontem esteve de facto um dia esplêndido mas não fui passear ao ar livre. Fui ver um filme, o Frágeis, que já há muito tempo tinha na minha lista para ver (desde que o vi numa apresentaçao num canal da TV Cabo)... Enredo simples, vê-se muito bem, espera-se e desespera-se pelos desenvolvimentos e tem participações muito simples... Não o aconselharia a pessoas que quisessem um filme para descontrair mas também não o faria a pessoas que procurassem emoções fortes... é um bom meio-termo...
Só queria dizer também que adoro o Universo e tudo o que nele existe porque tudo é tão, tão perfeito que me comove até á mais ínfima centelha... A Vida é Eterna e Perfeitamente Bela...

8 de março de 2006

What's your most treasured possession?...

Num mundo (pelo menos ocidental) em que o nosso estatuto social (ainda) depende, em grande parte, do que possuímos, esta pergunta é tão poucas vezes colocada... e o mais interessante é que quem a põe menos vezes somos nós mesmos.
Não vou tentar responder objectivamente á pergunta... é uma pergunta muito dificil e que abrange tantas coisas que penso que ao nomear uma coisa estaria a ser tremendamente injusto e imparcial... Os valores que uma pessoa tem são a chave do seu Ser. E é em função deles que se dá o valor ás coisas. Mas a pergunta também pode ser analisada do ponto vista de comunidade, pelo senso comum, pela opinião generalizada, enfim, por milhares de pontos de vista... é muito difícil... De facto, a palavra que descalibra tudo é mesmo "possession"... Podemos possuir algo que não se pode tocar? Podemos possuir algo que tem vontade própria?
Analisemos á 1ª parte da pergunta: "...your most treasured...". O que é que consideramos como um tesouro? Para mim a Existência é um tesouro. A Vida é um tesouro (tantas vezes desprezado). As Pessoas são um tesouro. Porque tudo isso fascina, conforta, alegra, faz sentir vivos, algo muito raro, terrivel e maravilhosamente precioso. As razões pelas quais algo é um tesouro acho que são do senso comum, daí, creio que não vale a pena tentar determinar o seu sentido. E eis que vem a segunda parte: "...possession?". Quantas destas coisas se podem possuir? Porque a questão é que "possessão" implica ter em nossa posse algo exterior a nós, algo que não seja parte integrante do nosso Ser. E todas estas coisas, ou somos nós, ou são outros, que não podemos possuir... E isto leva-nos a uma possivel conclusão angustiante: nós chegamos a esta vida com nada e sem nada partimos e, mais importante, sem nada vivemos porque nada é nosso de facto.
Chegámos, entao, a uma bifurcação: angústia ou verdade? Qual dos caminhos decidimos seguir? Depende pelo que é que decidimos viver: pela Vida ou pelas Coisas. Viver a Vida pela Vida não é a mesma coisa que viver por viver. É viver pela Vida, querer beber a Vida, o que Ela é, em tragos plenos de energia e plenitude, é mergulhar e nadar profundamente n'Ela e n'Ela sentir tudo o que Ela é, sem medo se levamos alguma coisa para nos lembrarmos ou se fizemos aquilo que nos competia fazer: Ser...
A pergunta feita não tem resposta, ou antes, tem. Mas saberão as pessoas que Ser não é uma condição mas uma Dádiva de Amor?...

2 de março de 2006

Prosas...

Era só para dizer que tenho uns livros novos muito giros (céus, isto parece tão materialista...)... atingiu-se, assim, neste blog um novo máximo na escala de futilidade... Mas não, queria agradecer-te, Nocas, pelas sugestões que me fizeste (todas elas de qualidade e na sua grande parte desconhecidas para mim)... Há portugueses a escrever ficção mítica? Há e da boa! Ou pelo menos assim o espero... Só não comprei o volume que me indicaste (Os Filhos do Flagelo)... como vi que esse é o 2º vol da trilogia, e eu gosto de começar pelo início, comprei a Manopla de Karasthan... se ficar insatisfeito, devolves-me o dinheiro? :)

1 de março de 2006

Entre tricanas e choupais...

Eu acho estes dias feriados a meio da semana um luxo!... Não fiz "ponte" na 2ª feira, vim trabalhar e ontem fui dar um passeiozito com a minha Cara Metade... Depois de intensas negociações acordámos ir para Coimbra... A viagem foi boa, rapida, passando pela terra do meu pai (que saudades...) e num instante chegámos á capital da borga estudantil em Portugal... e cheguei a uma conclusão: se Coimbra é afamada por todas as aventuras e histórias que acontecem, e que são principalmente á noite, isso tem uma razão de ser - é que Coimbra é feia. Eu tentei, garanto que tentei ver alguma beleza naquilo mas nao consegui. Não há nem houve noção de urbanismo ao longo dos tempos, a orologia da cidade nao ajuda (é pior que Lisboa para altos e baixos) e é francamente suja. O novo habita junto do velho, edifícios seculares junto de "prédios" do sec. XX num choque de estilos que feria mesmo o olhar do mais incauto turista, á espera de ver uma cidade ao nível do estatuto que tem - a cidade dos Doutores. Quanto á sujidade basta este "detalhezinho": estava a tomar um lanche num dos cafés (literalmente dentro do café) situados num largo que se poderia chamar equivalente ao Chiado de Lisboa quando olho para o chão e vejo em ameno e pacífico rulhar uns 4 ou 5 pombos a bicar as migalhas resultantes dos repastos... Numa época em que todos deitamos gripe das aves pelas orelhas, acho que guardar os pombos dentro dos cafés é capaz de não ser a melhor medida profilática para evitar o contágio de uma possível estirpe mutada... E eu nem sabia se havia de me rir se me havia de passar...
Mas pronto, o dia estava bonito e como ainda não havia gansos mortos em território nacional (yet) não me chateei (muito) e continuamos passeio por entre as serranias em direcçao á Lousã... vale mesmo só pela viagem (lindíssima) porque quem disser que a "Lousã convida", só se for para se aborrecer visto que não há mesmo nada que ver a não ser casas um pouco mais antigas que as restantes na cidade...
E assim, com aquelas paisagens, e aqueles pombos na memória, voltámos para o Cartaxo e eu, já de madrugada, noite a correr, serena, voltei para Lisboa, com as 7 colinas a brilhar...

23 de fevereiro de 2006

"De Fides"

Ontem á noite, decorrente de uma conversa que estava a ter, assomou á superficie o tema da confiança que temos em alguém... E dei-me conta de algumas coisas que estão presentes e outras meio escondidas nas sombras... Acho interessante fazer esta reflexão para nós mesmos: até que ponto confiamos em alguém? E, levando isto ainda mais além, assumindo uma postura externa a nós mesmos, até que ponto confiamos na nossa pessoa?...
Eu acredito que a confiança tem vários níveis e são esses níveis que garantimos às pessoas que nos rodeiam... quanto mais estima temos por uma pessoa, mais confiança nela temos... depois há aquelas que atingem o raríssimo estatuto de "ponho as mãos no fogo por..."... Acho isso louvável, até porque as queimaduras doem e para nso arriscarmos a nos queimarmos nao é preciso muito... O Fogo espreita a cada canto.... E isso leva-nos á questão dos imponderáveis, daquelas situações em que (e daí a 2ª pergunta) nem nós mesmos saberíamos como reagir. E se não sabemos como vamos reagir, como é que podemos confiar em nós mesmos? Daí que me lembrei de fazer uma analogia interessante com o mundo físico: a questão da confiança absoluta é como a questão da temperatura absoluta - sabemos que existe o 0 (zero) absoluto (0 K; -273.15 ºC) mas este valor foi extrapolado matematicamente, ou seja, é teórico. E assim, também é para mim a confiança absoluta - é utópica, linda em teoria mas só isso mesmo: teoria.
A pessoa humana é um ser com infinitas programações e strings de comandos, sendo o ego um deles. E a questão do ego torna tudo mais difícil e imprevisível. E é esse critério da imprevisibilidade que em conjunção com os imponderáveis que torna a confiança absoluta numa teoria, uma utopia linda... e que tal como no 0 (zero) absoluto, em termos experimentais, podemo-nos aproximar ás décimas de grau, mas serão uns degraus em que ficaremos sempre por aí...

21 de fevereiro de 2006

Faltas e sobras...

É interessante observar que, normalmente, a falta de qualquer coisa implica o excesso de outra que não necessariamente o seu complementar... Por exemplo, a falta de sol implicou um excesso de tempo livre no fim de semana que mesmo a imaginaçao mais fertil teria dificuldade em colmatar. Mas o mais importante é que de facto choveu bastante e que este excesso de água saciou a falta da mesma no solo e que tudo isto nos aponta como a natureza age e move-se na perfeição... Nós fazemos parte desta perfeição e desenganem-se as almas incautas que acham que, de toda a Criação, somos os mais rudes e toscos seres... rude e tosca é essa maneira de pensar pois tudo o que fazemos está correcto e somos perfeitos e completos ao levar a cabo o acabamento de tudo o que fazemos e temos que fazer (que não é propriamente o mesmo)... Eu agradeci a abundância de água e ainda pedi mais! E assim pude ler tranquilamente o meu Eldest (o 2º vol. da Trilogia da Herança, da qual o 1º vol. é Eragon) e constatar que preciso de um livro novo brevemente... Sugestões aceitam-se...

16 de fevereiro de 2006

Depois do Sol...

Ando a ficar desleixado e a escrever menos outra vez... Não que haja muito que falar mas pelo menos por uma questão de disciplina e de escrita criativa. É que cada vez que começo a escrever sobre qualquer coisa, passado um pouco vêm-me imensas coisas á cabeça para escrever (muitas das quais nem sequer têm a haver com o assinto inicial)... e assim na onda do brainstorming lá vou escrevendo as coisas que me vão na alma.

Desde o meu ultimo post que aconteram muitas coisas boas: curei-me (apesar de ainda ter uma tosse matinal de cão), passei um fim de semana belissimo (fui com a minha Luz a Arraiolos - recomenda-se!) e tive um dia dos Namorados maravilhoso... a questão neste último nem sequer era a efeméride global que comercialmente se comemora (e nisso estou absolutamente solidário contigo Nocas); o ponto central de tudo é que foi a primeira vez que comemorei 1 ano de namoro com alguém e só por isso não há ataque comercial que destrua a importância infinita que este dia tem pra mim. Fui passear á mui nobre e sempre leal cidade de Évora e tive uma bela janta num restaurante indiano que tem toda a minha aprovação (pena nao saber o nome)... E como se o dia nao fosse suficientemente bom, ela ainda por cima passou no código sem falhar nem uma! (talk about proud boyfriend!). E o melhor de tudo é que para o ano há mais... :)

Posso ter perdido o flair da escrita filosófica e simbolista em que duas palavras no sítio certo significam uma página... mas a claridade em conteúdo é melhor que a simplicidade de quantidade... e eu gosto! Nestes dias, depois do Sol, a Luz perdura na alma...

8 de fevereiro de 2006

Andamentos II...

Andante doloroso (La menor; 3/4; m.m.=45)

Estou constipado. E detesto. E tenho raiva aos 4 reinos inferiores: virae (para mim é um reino), protista, monera e fungi. É injusto e mete raiva... nem olfacto tenho! E como sou contra os medicamentos só tenho que ter esperança no meu magnífico sistema imunitário e deixar o mal passar... Até lá, continuarei a ter raiva desses seres microscópicos... e de estar assim.

30 de janeiro de 2006

Freddo, molto freddo...

E foi isso mesmo que aconteceu este fim-de-semana - muito, muito frio... Pelo menos em casa da minha Luz, esteve... e que prazer foi acordar com aquele espectaculo com que a Mãe Natureza nos brindou. Pequenos, levíssimos flocos de neve, tão brancos como só eles podem ser, a cairem nas minhas mãos... mal podia acreditar... estava no Cartaxo e estava a nevar!
O passeio impunha-se e, assim que almocei, peguei na minha amantíssima cara-metade e parti (com as devidas cautelas) estrada fora... foi lindo, lindo, lindo de viver! Cenários que durante toda a minha vida vi, ou verdes ou em pousio, estavam cobertos de uma camada quase imaculada de branco, transfigurando tudo o que via e transportando-me para outro país (quase)... mas não, estava neste nosso Portugal, lindo e que só nós (com seus males e bens) podemos compreender...

Á noite (e nao só) agradeci novamente por tudo quanto tinha visto e vivido... tudo foi perfeito, estava com quem eu amo, a viagem foi perfeita, o dia abriu e reflectiu toda a brancura que nos rodeava, inundando-nos de Luz... Se feliz sou, mais ainda fiquei...

27 de janeiro de 2006

Píu mosso...

Graças a Deus desde 4ª que o meu humor de urso :) me passou... ontem então foi um optimo dia para me passar tudo! Recebi boas noticias de algumas pessoas, sei que alguem anda feliz e até em maré de festejos (parabens á tua mãe) e fui tomar um café com uma amiga minha que já nao via havia mais de um ano... foi uma noite muito bem passada, conversámos sobre muita, muita coisa e relembrámos coisas passadas... no meio de tanta conversa, confirmei que o Tempo é, de facto, o melhor curandeiro pois acabei por me rir de coisas que me magoaram há muitos anos... "Life is a box of candies..." Indeed, Forrest, indeed...

24 de janeiro de 2006

Andamentos...

Andante lamentoso (Sol menor; 4/4; m.m. = 54)

Tenho-me sentido triste... Tenho-me sentido melancólico, abafado, como se alguma coisa me faltasse, como se me tivessem tirado qualquer coisa essencial... aborreço-me com tudo, procuro aqui e ali e dentro de mim mas nao sei o que é que se passa, não me consigo animar... ontem, então, estava com um humor de urso... não posso procurar fora de mim porque esta é uma das coisas em que a resposta está em nós... espero que o Tempo, com o seu sopro mágico consiga afastar de mim esta "cinzentice" toda...

19 de janeiro de 2006

Partidas...

Para alguém...

A Vida é feita disto...partidas, chegadas, estadias e distâncias... umas mais físicas, outras mais transcendentais... O Mundo, o Universo está em constante mudança e evolução e apesar de sermos muito poderosos, a força dessa mudança é avassaladora e nada podemos fazer... resistir-lhe é morrer, uma morte muito mais triste do que qualquer morte física, que não é morte nenhuma, mas sim uma passagem para outra vida, um virar de página, uma nova cena do mesmo filme que é a Vida... e cada uma melhor do que a anterior...

Por isso... transforma as tuas lágrimas em alegrias... tudo está correcto, tudo está onde deve estar... e a Vida está aí para a vivermos...

Tudo de Bom (tu mereces)...

16 de janeiro de 2006

Um pouco de tudo...

O fim de semana esteve aí... 2 dias, como sempre, para se fazer aquilo que se quiser... desta feita não fui passear. Aliás o tempo não estava para grandes passeios. No entanto, gostei do tempo que esteve a fazer, sobretudo no Domingo... acordar com chuva, ver o céu de um cinzento ligeiro, agradecer pela dádiva de água que nos foi dada, escutar os sons da natureza nesses momentos e, para os mais malucos (como eu) deixar que a chuva nos escorra pela cara... infelizmente, não fui tão maluco como o costume e não fui para a chuva mas fiz tudo o resto. E fui feliz... Este fim de semana fiz de tudo o que me dá real prazer na vida, um pouco de cada.. voltei até a desenhar, coisa que desde 2003 não fazia consistentemente, escutei CD's que já não tirava da estante não há muito mais tempo que isso, alimentei e curei a minha alma (que é como quem diz, li e fiz Reiki), meditei um pouco também, e vi uns filmes que estavam a dar na TV... tive um convite para ir assistir ao King Kong mas por muito que eu goste de Peter Jackson (esse pequeno Hobbit neo-zelandês) a história não me diz muito e num filme isso é o mais importante... tenho de lhe mandar um mail a pedir para realizar o Silmarillion (para quem fez o Senhor dos Aneis, isso é um tirinho)...

Mas pronto, ele já lá vai e mais uma semana de trabalho está á espera... agradeço por tudo o que vivi, novamente e fico á espera de mais um... dia, ou fim de semana...

13 de janeiro de 2006

Da alma ao papel...

O ser humano tem muitas maneiras de atingir o equilibrio entre o espírito e a mente. No meu caso (quando não é a tocar música), é a escrever. Ontem, devido a uma dor de cabeça monumental, não pude tocar e por isso, para poder extravazar a indignação que sentia, pus-me a escrever. O resultado é o que se segue...

Que cinismo, que caras de papel
Que virtuosismos falsos e sem cor
Que fachadas pintadas de cinza
E que ocos os seus interiores,
Sorrisos falsos e de tom esbatido
Que com falsa doçura nos atraiçoam
Vãos pensamentos de que acima estão
E que afinal vivem de pura ilusão...
Tarde demais quando percebem eles
Que tudo aquilo que acreditam é miragem
Da triste vida deles ilusória imagem
Com que constantemente iludem sem cessar
Acabando por serem eles os iludidos
E sem saberem encontram-se num circo
Em que artistas são da sua própria vida
Que com mirabolantes cambalhotas
E inventivas pinturas faciais
Se vão constantemente entretendo
Nada vendo do publico
Mas apenas ouvindo se riem ou aplaudem,
E nessa vida se vão entretendo
Julgando ser superiores a tudo
Com direito de julgar e executar quem lhes apetece
Quando no fim são eles os julgados...
Quem vive pela espada, pela espada morrerá
E triste destino os espera
Já que o respeito que eles demonstram
É em tudo igual ao seu interior: vácuo...
Quem sabe destas coisas o diz,
Não se pode ter sem dar
Ou vice-versa, que também serve...
Onde fica o fim e o principio disto não sei
Mas eles continuam a sorrir, ocos e inválidos
Para uma vida em que nada sentem
Senão o seu insípido e triste ser,
Acinzentando a vida de outros
Buscando nesses aquilo que eles nunca serão
E apenas encontrando o que são: Nada.


... E senti-me bem...

É quase fim-de-semana e está tudo em aberto... uma viagem, uma conversa, uma paisagem... o mundo está aí fora e é nosso para viver...

12 de janeiro de 2006

Dias assim...

...assim tão estranhos. Hoje é um deles... estou com vontade de colocar tudo num saco e levá-lo ao compactador de lixo mais proximo...
Não é pela exigência do trabalho mas sim pela atitude que certas pessoas têm para com outras... pessoas que acham que são muito superiores e que por isso toda a gente tem de fazer o que elas mandam, quer se queira, quer não... pode haver muita coisa que eu engulo, mas injustiça não é uma delas de certeza absoluta... e dias com injustiça, são dias pra esquecer...

10 de janeiro de 2006

Luzes...

Nos últimos dias, tendo eu o privilégio (hoje em dia) de poder andar no meu trabalho ao ar livre, tenho vindo a pensar o quanto eu tenho saudades de sair daqui ainda com o sol a raiar em pleno... É certo que gosto do frio, é certo que gosto de chuva, é também certo que gosto de ir á praia em dias de chuva, no Inverno, sentir o mar revolto mas sincero, é certo que gosto de nevoeiro e de uma brisa fresca (ou gélida, por vezes) no meu rosto... mas tenho saudades de sair daqui do trabalho com o Sol no ar... a cada dia que passa, vejo os dias a crescer... e fico feliz... e anseio por que fiquem suficientemente grandes de novo...
O Sol é fonte de Alegria e de Vida. Apesar de não gostar muito do Verão (ou não fosse louro e branquinho), eu adoro o Sol e a magia que é o calor e a Luz que a nós chega apesar de estar a milhões de quilometros de distância (aprox. 150 milhões de km)... Fomos abençoados e por isso estou grato... por isso e por tudo o que posso viver...

9 de janeiro de 2006

Nas montanhas... ou nas nuvens?...

Fui para longe este fim de semana... fui explorar altos montes e profundos vales, pintados de verde de todos os tons, castanhos muito vivos, rios azul escuros com salpicos de branco como que a babarem-se de tanta vida e montes a perder de vista... Fui a uma região que, se outros nao consideram, eu considero como sendo das mais ricas deste país. Também nao a considerava, mas depois de ter sentido a alma da terra (infelizmente muito pouco das pessoas mas isso é outra história...) saí de lá profundamente mais enriquecido... Limpei-me, tomei banho naquelas águas gélidas, de beleza magnífica, ao mergulhar nelas de olhos bem abertos, nao querendo perder nem uma gota que fosse... Afinal, não serão os olhos as janelas da alma? Abri as minhas e deixei um banho espiritual entrar em mim... estava a precisar, garanto-vos...
Sempre que regressava á superfície, a minha alma respirava aquele ar gélido mas puro e descansava nas imagens dos montes que me rodeavam. Desejei para sempre ali estar e poder regenerar-me indefinidamente até atingir um equilibrio entre o Ser e a Alma absolutamente sagrado... E, sem surpresa, senti uma felicidade tão antiga mas tão fresca, sentindo-me criança e sendo aquilo que todos deviamos ser: Feliz...

Todos nós temos os nossos altares, os nossos pontos de descanso, de sintonia com o que de mais sagrado há em nós... pode ser o nosso quarto, mas pode ser o outro lado do mundo... mas lá chegando, sabemos que podemos ser nós mesmos com a pessoa que mais difícil é o sermos: connosco...

Mas será assim tão difícil?...

4 de janeiro de 2006

O que é que se passa?...

Esta é, sem dúvida uma das frases mais proferidas no mundo. Reflexo da curiosidade natural do ser humano (fatal para um certo tipo de felídeo) nela se concentra a essência deste espírito inquisidor que nos persegue. Mas quantos de nós já se perguntaram verdadeiramente porque é que perguntam tal coisa?
Mas mais importante do que isso tudo é a gritante incapacidade de nos fazermos essa mesma pergunta. E, de certa forma, parece que estamos sempre á espera, quando mais precisamos, que os outros no la façam... Esta é um dos grandes enigmas da civilização, este funcionamento da mente indagante.
Há uns tempos atrás eu acabei por descobrir o porquê a esta pergunta. Infelizmente, para a maioria das pessoas, não tem uma explicação facilmente compreendida em termos correntes, vulgo, atingíveis por simples dedução, logico-dedutiva. É preciso ter acesso a outro tipo de consciência para que possamos compreender o porquê (vejo agora) de muitas questões correntes que fazemos sem sequer pensar no que implicam. É preciso abrir o coração e sentir o que realmente está implicado nessas perguntas e no resto da nossa vida e no que nos rodeia. O mundo está a ficar doente com tanta irresponsabilidade e acções irreflectidas que a alguem hão-de magoar, directa ou indirectamente. É um pedido que o Universo nos faz, este "pensem! sintam! sejam!", tão consciente como o que nós fazemos quando perguntamos "o que é que se passa?". Por isso, sejam bonzinhos e façam o que os mais velhos vos pedem.

Por respeito.

A vós mesmos...