9 de janeiro de 2006

Nas montanhas... ou nas nuvens?...

Fui para longe este fim de semana... fui explorar altos montes e profundos vales, pintados de verde de todos os tons, castanhos muito vivos, rios azul escuros com salpicos de branco como que a babarem-se de tanta vida e montes a perder de vista... Fui a uma região que, se outros nao consideram, eu considero como sendo das mais ricas deste país. Também nao a considerava, mas depois de ter sentido a alma da terra (infelizmente muito pouco das pessoas mas isso é outra história...) saí de lá profundamente mais enriquecido... Limpei-me, tomei banho naquelas águas gélidas, de beleza magnífica, ao mergulhar nelas de olhos bem abertos, nao querendo perder nem uma gota que fosse... Afinal, não serão os olhos as janelas da alma? Abri as minhas e deixei um banho espiritual entrar em mim... estava a precisar, garanto-vos...
Sempre que regressava á superfície, a minha alma respirava aquele ar gélido mas puro e descansava nas imagens dos montes que me rodeavam. Desejei para sempre ali estar e poder regenerar-me indefinidamente até atingir um equilibrio entre o Ser e a Alma absolutamente sagrado... E, sem surpresa, senti uma felicidade tão antiga mas tão fresca, sentindo-me criança e sendo aquilo que todos deviamos ser: Feliz...

Todos nós temos os nossos altares, os nossos pontos de descanso, de sintonia com o que de mais sagrado há em nós... pode ser o nosso quarto, mas pode ser o outro lado do mundo... mas lá chegando, sabemos que podemos ser nós mesmos com a pessoa que mais difícil é o sermos: connosco...

Mas será assim tão difícil?...

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