26 de agosto de 2010




Never pretend to a love which you do not actually feel, for love is not ours to command.
Alan Watts

There is always some madness in love. But there is also always some reason in madness.
Friedrich Nietzsche (1844 - 1900), "On Reading and Writing"

There is no remedy for love but to love more.
Henry David Thoreau (1817 - 1862)

  Hoje em dia, talvez mais que nunca, ouve-se falar de Amor. Que se ama isto, que se ama aquilo, que se ama fulano, cicrano e beltrano, que o Amor é isto, que o Amor é aquilo... Pessoalmente, acho que se dá um passo além das nossas capacidades ao afirmar-se aos quatro ventos que o Amor é qualquer coisa - isto por vários motivos (a saber):
1) o Amor NÃO é uma coisa. Não é um objecto, não é algo sólido nem palpável. Logo, não se pode definir como uma coisa;
2) Qualquer pessoa que tem um bocadinho de juízo na cabeça e que, a determinada altura da sua vida, pensou um pouco nela

(se bem que há quem ande neste mundo a ver passar os outros, mas isso são outras meadas...)

sabe que o ponto de vista humano é míope. Quer isto dizer que se conseguirmos Ver (com V grande, e correctamente!) um pouquinho mais à frente do nosso nariz, já é um triunfo. Ora, se nem as coisas físicas do mundo são captadas correctamente, como poderemos nós saber o que é o Amor?
3) e depois a interminável lista de poemas e ensaios e teses escritos sobre a temática. Sim, porque aos nossos olhos humanos é uma temática, que até dá origem a acesas discussões (e pancadaria por vezes, o que não deixa de ser irónico). Cada qual (e isto é confirmação do número anterior) tem uma visão sobre o assunto.

  Também tenho algo a dizer. Na minha visão (que é só minha, logo, perdoem-me estas simples palavras) o Amor é a força motriz do Universo. É a trave mestra, a pedra basilar e angular. É a quintessência de Deus, tantas vezes reforçada na excelente frase Deus é Amor. E é.
Ao longo desta minha Expressão presente neste Mundo (re)lembrei-me de algumas coisas, chegadas por meios/vias mais ou menos credíveis, consoante as pessoas. E nesta minha caminhada, sobre o Amor encontrei as mais verdadeiras (e belas) palavras algumas vez concretizadas. Estas palavras são os Quatro Elementos do Amor Puro e Universal, de Deus e do Eu Superior.

(reparem, não são a definição de Amor mas as suas características - um pouco como tentarmos definir o que é Som, ou Luz, sem dizer o que é mas dizer que tem determinada intensidade, que pode ter determinado timbre, que pode ter determinada cor, que pode ser difusa ou incidente, que pode ser desagradável, et al.)

  I - O Amor do Espírito é silencioso, cheio de compaixão, forte e denso.

  II - O Amor Puro não tem objectivos, interesses ou propósitos finais. Existe somente por si mesmo e por cada um de nós. Sem contrapartidas. Ele simplesmente "É". E contenta-se simplesmente em 'Ser'.

  III - O Amor não é orgulhoso. Não precisa de andar por aí a mostrar-se, a anunciar quem é. Basta estar na sua presença e sabe-se logo que estamos na presença do mais puro e divino Amor (nas suas mais diversas e infinitas vertentes).

  IV - O Amor tem a TODA a sabedoria necessária para utilizar os outros três atributos. Pois também a Sabedoria é silenciosa e não tem propósitos ou interesses.

  IV e 1/2 (derivação minha) - O Amor Puro NUNCA irá criar um cenário de medo, pânico, terror, histeria, miaúfa, cagufa, medinho, nervoso miudinho, ranger de dentes e afins, mas o Ego de cada um, sim.

  Isn't that something? :) Pure bliss and Love, indeed...