30 de janeiro de 2006

Freddo, molto freddo...

E foi isso mesmo que aconteceu este fim-de-semana - muito, muito frio... Pelo menos em casa da minha Luz, esteve... e que prazer foi acordar com aquele espectaculo com que a Mãe Natureza nos brindou. Pequenos, levíssimos flocos de neve, tão brancos como só eles podem ser, a cairem nas minhas mãos... mal podia acreditar... estava no Cartaxo e estava a nevar!
O passeio impunha-se e, assim que almocei, peguei na minha amantíssima cara-metade e parti (com as devidas cautelas) estrada fora... foi lindo, lindo, lindo de viver! Cenários que durante toda a minha vida vi, ou verdes ou em pousio, estavam cobertos de uma camada quase imaculada de branco, transfigurando tudo o que via e transportando-me para outro país (quase)... mas não, estava neste nosso Portugal, lindo e que só nós (com seus males e bens) podemos compreender...

Á noite (e nao só) agradeci novamente por tudo quanto tinha visto e vivido... tudo foi perfeito, estava com quem eu amo, a viagem foi perfeita, o dia abriu e reflectiu toda a brancura que nos rodeava, inundando-nos de Luz... Se feliz sou, mais ainda fiquei...

27 de janeiro de 2006

Píu mosso...

Graças a Deus desde 4ª que o meu humor de urso :) me passou... ontem então foi um optimo dia para me passar tudo! Recebi boas noticias de algumas pessoas, sei que alguem anda feliz e até em maré de festejos (parabens á tua mãe) e fui tomar um café com uma amiga minha que já nao via havia mais de um ano... foi uma noite muito bem passada, conversámos sobre muita, muita coisa e relembrámos coisas passadas... no meio de tanta conversa, confirmei que o Tempo é, de facto, o melhor curandeiro pois acabei por me rir de coisas que me magoaram há muitos anos... "Life is a box of candies..." Indeed, Forrest, indeed...

24 de janeiro de 2006

Andamentos...

Andante lamentoso (Sol menor; 4/4; m.m. = 54)

Tenho-me sentido triste... Tenho-me sentido melancólico, abafado, como se alguma coisa me faltasse, como se me tivessem tirado qualquer coisa essencial... aborreço-me com tudo, procuro aqui e ali e dentro de mim mas nao sei o que é que se passa, não me consigo animar... ontem, então, estava com um humor de urso... não posso procurar fora de mim porque esta é uma das coisas em que a resposta está em nós... espero que o Tempo, com o seu sopro mágico consiga afastar de mim esta "cinzentice" toda...

19 de janeiro de 2006

Partidas...

Para alguém...

A Vida é feita disto...partidas, chegadas, estadias e distâncias... umas mais físicas, outras mais transcendentais... O Mundo, o Universo está em constante mudança e evolução e apesar de sermos muito poderosos, a força dessa mudança é avassaladora e nada podemos fazer... resistir-lhe é morrer, uma morte muito mais triste do que qualquer morte física, que não é morte nenhuma, mas sim uma passagem para outra vida, um virar de página, uma nova cena do mesmo filme que é a Vida... e cada uma melhor do que a anterior...

Por isso... transforma as tuas lágrimas em alegrias... tudo está correcto, tudo está onde deve estar... e a Vida está aí para a vivermos...

Tudo de Bom (tu mereces)...

16 de janeiro de 2006

Um pouco de tudo...

O fim de semana esteve aí... 2 dias, como sempre, para se fazer aquilo que se quiser... desta feita não fui passear. Aliás o tempo não estava para grandes passeios. No entanto, gostei do tempo que esteve a fazer, sobretudo no Domingo... acordar com chuva, ver o céu de um cinzento ligeiro, agradecer pela dádiva de água que nos foi dada, escutar os sons da natureza nesses momentos e, para os mais malucos (como eu) deixar que a chuva nos escorra pela cara... infelizmente, não fui tão maluco como o costume e não fui para a chuva mas fiz tudo o resto. E fui feliz... Este fim de semana fiz de tudo o que me dá real prazer na vida, um pouco de cada.. voltei até a desenhar, coisa que desde 2003 não fazia consistentemente, escutei CD's que já não tirava da estante não há muito mais tempo que isso, alimentei e curei a minha alma (que é como quem diz, li e fiz Reiki), meditei um pouco também, e vi uns filmes que estavam a dar na TV... tive um convite para ir assistir ao King Kong mas por muito que eu goste de Peter Jackson (esse pequeno Hobbit neo-zelandês) a história não me diz muito e num filme isso é o mais importante... tenho de lhe mandar um mail a pedir para realizar o Silmarillion (para quem fez o Senhor dos Aneis, isso é um tirinho)...

Mas pronto, ele já lá vai e mais uma semana de trabalho está á espera... agradeço por tudo o que vivi, novamente e fico á espera de mais um... dia, ou fim de semana...

13 de janeiro de 2006

Da alma ao papel...

O ser humano tem muitas maneiras de atingir o equilibrio entre o espírito e a mente. No meu caso (quando não é a tocar música), é a escrever. Ontem, devido a uma dor de cabeça monumental, não pude tocar e por isso, para poder extravazar a indignação que sentia, pus-me a escrever. O resultado é o que se segue...

Que cinismo, que caras de papel
Que virtuosismos falsos e sem cor
Que fachadas pintadas de cinza
E que ocos os seus interiores,
Sorrisos falsos e de tom esbatido
Que com falsa doçura nos atraiçoam
Vãos pensamentos de que acima estão
E que afinal vivem de pura ilusão...
Tarde demais quando percebem eles
Que tudo aquilo que acreditam é miragem
Da triste vida deles ilusória imagem
Com que constantemente iludem sem cessar
Acabando por serem eles os iludidos
E sem saberem encontram-se num circo
Em que artistas são da sua própria vida
Que com mirabolantes cambalhotas
E inventivas pinturas faciais
Se vão constantemente entretendo
Nada vendo do publico
Mas apenas ouvindo se riem ou aplaudem,
E nessa vida se vão entretendo
Julgando ser superiores a tudo
Com direito de julgar e executar quem lhes apetece
Quando no fim são eles os julgados...
Quem vive pela espada, pela espada morrerá
E triste destino os espera
Já que o respeito que eles demonstram
É em tudo igual ao seu interior: vácuo...
Quem sabe destas coisas o diz,
Não se pode ter sem dar
Ou vice-versa, que também serve...
Onde fica o fim e o principio disto não sei
Mas eles continuam a sorrir, ocos e inválidos
Para uma vida em que nada sentem
Senão o seu insípido e triste ser,
Acinzentando a vida de outros
Buscando nesses aquilo que eles nunca serão
E apenas encontrando o que são: Nada.


... E senti-me bem...

É quase fim-de-semana e está tudo em aberto... uma viagem, uma conversa, uma paisagem... o mundo está aí fora e é nosso para viver...

12 de janeiro de 2006

Dias assim...

...assim tão estranhos. Hoje é um deles... estou com vontade de colocar tudo num saco e levá-lo ao compactador de lixo mais proximo...
Não é pela exigência do trabalho mas sim pela atitude que certas pessoas têm para com outras... pessoas que acham que são muito superiores e que por isso toda a gente tem de fazer o que elas mandam, quer se queira, quer não... pode haver muita coisa que eu engulo, mas injustiça não é uma delas de certeza absoluta... e dias com injustiça, são dias pra esquecer...

10 de janeiro de 2006

Luzes...

Nos últimos dias, tendo eu o privilégio (hoje em dia) de poder andar no meu trabalho ao ar livre, tenho vindo a pensar o quanto eu tenho saudades de sair daqui ainda com o sol a raiar em pleno... É certo que gosto do frio, é certo que gosto de chuva, é também certo que gosto de ir á praia em dias de chuva, no Inverno, sentir o mar revolto mas sincero, é certo que gosto de nevoeiro e de uma brisa fresca (ou gélida, por vezes) no meu rosto... mas tenho saudades de sair daqui do trabalho com o Sol no ar... a cada dia que passa, vejo os dias a crescer... e fico feliz... e anseio por que fiquem suficientemente grandes de novo...
O Sol é fonte de Alegria e de Vida. Apesar de não gostar muito do Verão (ou não fosse louro e branquinho), eu adoro o Sol e a magia que é o calor e a Luz que a nós chega apesar de estar a milhões de quilometros de distância (aprox. 150 milhões de km)... Fomos abençoados e por isso estou grato... por isso e por tudo o que posso viver...

9 de janeiro de 2006

Nas montanhas... ou nas nuvens?...

Fui para longe este fim de semana... fui explorar altos montes e profundos vales, pintados de verde de todos os tons, castanhos muito vivos, rios azul escuros com salpicos de branco como que a babarem-se de tanta vida e montes a perder de vista... Fui a uma região que, se outros nao consideram, eu considero como sendo das mais ricas deste país. Também nao a considerava, mas depois de ter sentido a alma da terra (infelizmente muito pouco das pessoas mas isso é outra história...) saí de lá profundamente mais enriquecido... Limpei-me, tomei banho naquelas águas gélidas, de beleza magnífica, ao mergulhar nelas de olhos bem abertos, nao querendo perder nem uma gota que fosse... Afinal, não serão os olhos as janelas da alma? Abri as minhas e deixei um banho espiritual entrar em mim... estava a precisar, garanto-vos...
Sempre que regressava á superfície, a minha alma respirava aquele ar gélido mas puro e descansava nas imagens dos montes que me rodeavam. Desejei para sempre ali estar e poder regenerar-me indefinidamente até atingir um equilibrio entre o Ser e a Alma absolutamente sagrado... E, sem surpresa, senti uma felicidade tão antiga mas tão fresca, sentindo-me criança e sendo aquilo que todos deviamos ser: Feliz...

Todos nós temos os nossos altares, os nossos pontos de descanso, de sintonia com o que de mais sagrado há em nós... pode ser o nosso quarto, mas pode ser o outro lado do mundo... mas lá chegando, sabemos que podemos ser nós mesmos com a pessoa que mais difícil é o sermos: connosco...

Mas será assim tão difícil?...

4 de janeiro de 2006

O que é que se passa?...

Esta é, sem dúvida uma das frases mais proferidas no mundo. Reflexo da curiosidade natural do ser humano (fatal para um certo tipo de felídeo) nela se concentra a essência deste espírito inquisidor que nos persegue. Mas quantos de nós já se perguntaram verdadeiramente porque é que perguntam tal coisa?
Mas mais importante do que isso tudo é a gritante incapacidade de nos fazermos essa mesma pergunta. E, de certa forma, parece que estamos sempre á espera, quando mais precisamos, que os outros no la façam... Esta é um dos grandes enigmas da civilização, este funcionamento da mente indagante.
Há uns tempos atrás eu acabei por descobrir o porquê a esta pergunta. Infelizmente, para a maioria das pessoas, não tem uma explicação facilmente compreendida em termos correntes, vulgo, atingíveis por simples dedução, logico-dedutiva. É preciso ter acesso a outro tipo de consciência para que possamos compreender o porquê (vejo agora) de muitas questões correntes que fazemos sem sequer pensar no que implicam. É preciso abrir o coração e sentir o que realmente está implicado nessas perguntas e no resto da nossa vida e no que nos rodeia. O mundo está a ficar doente com tanta irresponsabilidade e acções irreflectidas que a alguem hão-de magoar, directa ou indirectamente. É um pedido que o Universo nos faz, este "pensem! sintam! sejam!", tão consciente como o que nós fazemos quando perguntamos "o que é que se passa?". Por isso, sejam bonzinhos e façam o que os mais velhos vos pedem.

Por respeito.

A vós mesmos...