23 de junho de 2007

Relatividades...

Quantas vezes nao caimos nós (nas nossas, tantas vezes, vidinhas confortáveis) a pensar o quanto somos uns pobres coitados, que a nossa vida é isto e aquilo e aqueloutro... Fartamo-nos e tornamos os nossos problemas um bicho de sete cabeças e, pior, ficamos obcecados com isso, ao ponto de deixar que a nossa vida gire única e exclusivamente em torno disso... Mas, se nos dignarmos a olharmos á nossa volta, rapidamente encontramos algo que nos centra no lugar a que pertencemos... Tudo isto me faz lembrar o ditado "De contente te doi um dente" ou mesmo outro "A galinha da vizinha é sempre melhor que a minha...". Sim, poder-se-iam aplicar esses ditos...
Muitas vidas há que são bem piores que as nossas... pelo menos falo por mim... há quem lute contra a doença... há quem lute contra a pobreza ou a vida dificil de bocas pra sustentar sem condições... há quem lute contra a ilusão da sua vida ser inútil e despropositada (pelo sofrimento), quando tantas pessoas há (aparentemente) sem problemas... O referencial cartesiano não é para ser levado a sério a toda a hora... é essencial centrarmo-nos em nós para nos apercebermos onde estamos mas é fundamental olhar á nossa volta porque sem o redor não há centro... A importância das coisas é relativa. Só existe aquela que lhes quisermos dar... Porque não dar importância ás pessoas que entram na nossa vida, ou ao Bem que nos acontece a qualquer momento?... Eu sei que custa, também tenho os meus momentos de desilusão e desgosto, mas um caminho mais luminoso é possível... "Ajuda-te, que Deus te ajudará.." é outro dito que me veio á cabeça agora... quando o "aluno" está pronto, o "mestre" chegará... querem ajuda? querem-na mesmo? então esperem um bocado e estejam atentos porque ela aparecerá... e quando aparecer não esperem que venha sob a forma que esperam... pode ela vir das mais diversas formas, até das que menos nos agradam, mas tal como um rochedo a cair na terra faz pó (que depois assenta), também o pó que fere a vista ao cair em nós rapidamente revela algo que se mostra belissimo...E nunca podemos esquecer isto: podemos sofrer mas nunca estamos esquecidos... e nunca é em vão...

21 de junho de 2007

Light and shadow...

Ou, na bela lingua de Camões, Luz e Sombras... Pois é, acho que posso resumir o meu dia dessa forma. Luz, porque, estando de folga por uns dias fui dar uma volta, sem constrangimentos de tempo, até à belissima Sintra (sobretudo sua serra) e apaziguei a minha alma com o que vi... Sombras porque, neste preciso momento, os meus Dream Theater estão a actuar no Porto (na sua Chaos in Motion Tour) e eu não estou lá... agora só para o próximo álbum... Já fui abençoado (a palavra é essa) com um concerto deles. Foi em 2002 e posso dizer que foi emocionante. Os Dream estavam no seu pico, depois de lançarem "Six Degrees of Inner Turbulence" (o 2º album favorito nas minhas preferências) e eles tiveram a coragem, na praça Sony, de tocar o tema que dá o nome ao álbum, que se estende por mais de 40 minutos... Não me admira, mesmo sabendo que a maioria das pessoas nao os conhecem, que o Coliseu hoje esteja a abarrotar... Já em 2002, a praça Sony estava cheínha... Seguindo a logica de que, o que é bom rapidamente se sabe, acho que deviam ter reservado o Dragão (se eles quisessem continuar no Porto) em vez do clássico Coliseu... Espero que da próxima se dignem a vir a Lisboa (que nunca lhes fez mal nenhum)...

16 de junho de 2007

Os "D. Sebastiões" !

Num súbito regresso ao passado, que mui agradado me deixou, três titulos (há muito perdidos...):

- Dream Theater (who else?): When Dream and Day Unite

- Dream Theater: Metropolis Pt. 2 - Scenes from a Memory

- The Flower Kings - Adam and Eve


... Tão bom!... :D

13 de junho de 2007

Hoje amanheci com a alma em penumbra... Acordei cedo com o coração em pranto, com ideias e pensamentos dolorosos na minha mente, coisas que não consegui, durante o resto da manhã deste feriado, eliminar do meu coração... Sinto-me preso a uma vida que não desenvolve no sentido que desejava, da qual não tenho o pouco que peço, onde (como alguém desse) o que à partida parece bom e com futuro, se revela ter pouco ou nenhum... Hoje sou a Dor, hoje sou o Tormento, cíclicos demais para que eu veja uma saída possível mas muito desejada... Nunca me senti tão sozinho... Mas, citando novamente os DT "How can I feel abbandoned, even when the world surrounds me?..."... Parece um contra-senso, algo ilogico mas bastante real... Não faço a mítica pergunta, que fiz eu pra merecer isto porque sei o porquê, apesar de nunca ter decidido nada para isso neste Mundo... O que eu pergunto é, porque é que não sabia o quanto isto ia custar?... O que disse Ontem, sobre o que sentia, mostrou-me a Vida que tudo é Ilusão...

Quando chegará a Luz?...

12 de junho de 2007

Memórias...

Staring at the empty page before me
All the years of wreckage running through my head
Patterns of my life I thought I don't be
Revealing hurt for shame and deep lament

Overwhelming sorrow now absorbs me
As the pen begins to trace my darkest past
Signs throughout my life that should have warned me
Of all the wrongs I've done for which I must repent

I once thought it better to regret
Things that I have done when haven't
Sometimes you've got to be wrong
Learn the hard way
Sometimes you've got to be strong
When you think it's too late

Staring at the finished page before me
All the damage now so clear and evident
Thinking 'bout the dreaded task in store for me
A bitter fear at the thought of my amends

Hoping that the step will help restore me
To face my past and ask for forgiveness
Cleaning up my dirty side of this unswept street
Could this be the beginning of the end

Dream Theater- 2007

Há dias assim...

5 de junho de 2007

Espaços...

Todos nós (presumo) temos o habito de nos imaginar, após visualização de um filme com cenas bem apanhadas á beira mar ou beira rio, num cenário desse tipo... Imaginamo-nos, normalmente, no mesmo cenário que acabámos de ver... Ontem estive num filme desses. Não era na América ou num pais cliché como qualquer outro... era cá, na nossa Lisboa... Não é meu habito passear junto á beira rio mas ontem isso proporcionou-se e passei um tempo maravilhoso na Expo, á noite... não estava muita gente, a temperatura era amena e eu pensei: porque é que não há mais oportunidades assim? Mais espaços assim? Eu sei que isto parece um pouco político mas, numa Era em que a atenção á Terra é cada vez maior, e numa Era em que nos apercebemos cada vez mais da necessidade de ambientes limpos, que espaços livres e abertos são tao vitais como bons transportes ou segurança, deveria ser feito um esforço para que esses espaços se proporcionassem e desenvolvessem... Confesso que tenho o problema de ter que andar milhas para encontrar um desses ambientes e fico triste ao observar o potencial de certas zonas á volta de Lisboa, onde coisa que não faltam são espaços para se desenvolver tais ambientes... Até os haverem (que haverão), levo a noite de ontem na alma...