Oh brother I can't, I can't get through
I've been trying hard to reach you
Cos I don't know what to do...
Oh brother I can't believe it's true
I'm so scared about the future and
I want to talk to you...
Oh I want to talk to you...
You can take a picture of something you see...
In the future where will I be?
You can climb a ladder up to the sun
Or write a song nobody has sung, or do
Something that's never been done...
Are you lost or incomplete?
Do you feel like a puzzle?
You can't find your missing piece
Tell me how do you feel?
Well I feel like they're talking in a language I don't speak
And they're talking it to me...
So you take a picture of something you see
In the future where will I be?
You can climb a ladder up to the sun
Or write a song nobody has sung, or do
Something that's never been done, or do
Something that's never been done...
So you don't know where you're going
But you want to talk...
And you feel like you're going where you've been before...
You'll tell anyone who will listen but you feel ignored...
Nothing's really making any sense at all
Let's talk
Let's talk...
Let's talk
Let's talk...
Coldplay - X&Y - 2005
20 de outubro de 2008
11 de outubro de 2008
The man who writes about himself and his own time is the only man who writes about all people and all time. - George Bernard Shaw
Era de noite. Ele olhara-a com uma nítida noção que o tempo não tinha passado entre a imagem que ele tinha na sua cabeça e a imagem que ele tinha diante de si. A noite passava, assim, correndo e ia tomando conhecimento de coisas que o faziam tremer por dentro, mesmo não sabendo como é que as coisas se desenrolariam no futuro.
Nessa madrugada, as coisas evoluíram na forma de uma criatura de duas cabeças: por um lado, o desejo imediato, puro, sanguíneo, de que as coisas brilhassem com a intensidade de mil Sóis, como se não houvesse um Amanhã, aquele de todos os dias, um momento em que tudo pára e tudo corre ainda mais veloz; por outro, a permanente certeza que esse Amanhã viria, inexorável, pétreo, a nítida claridade que aquilo era, apenas e só, um momento, sem certezas, com todas as dúvidas, aquele instante em que o jogador faz as suas apostas e que sabe que tem mais hipóteses de perder do que ganhar...
No entanto, constante e transversal a tudo isso, a Esperança.
Mais do que o conflito entre os interesses entre pessoas, a questão fulcral de tudo está no conflito interno, entre os interesses que uma pessoa tem. Todos o que possam haver, surgem de igual para igual. A diferença está no peso que cada um adquire, conforme as nossas crenças, as nossas convicções. E aí o verdadeiro conflito: entre aquilo que desejaríamos, de todo o coração, sem olhar a tempos, sem olhar a situações, e aquilo que se afigura como uma hipótese real. E, infelizmente, normalmente a voz do coração fala mais baixo, perante a dureza ígnea do que intuímos como realidade, do palpável. Do que é que se abdica nessas alturas? Sabê-lo-emos? Teremos a profunda consciência de tudo aquilo que estamos a abdicar, ao olharmos ao que julgamos ser uma necessidade mas que não passa de algo tão fátuo e transitório como uma fagulha que passa de ar quente ao ar frio?
E quantas, quantas vezes, a verdade das coisas está à nossa frente, mais forte do que a realidade sombria dos nossos medos, daquelas ideias pé-concebidas, embebidas no nosso cérebro desde tenra idade, que nos impedem de ser verdadeiramente felizes, que tomamos por tão reais como a pedra que está à nossa frente...
Dia nasce...
... a criatura devora-o...
Ele regressou a casa com uma única certeza e uma miríade de dúvidas: tinha feito, no momento, o que o seu Coração tinha pedido. Sentia-se feliz e isso alimentara-lhe a Esperança, aquele Algo que se alia à sua profunda crença que o Amor é a maior Força Existente e que o fazia acreditar que um dia (um dia...) faria com que as pessoas ouvissem mais o seu Coração do que a Máquina que traduz o que Ele diz e à qual damos (quase) sempre o crédito de ser a Voz Única da Realidade em que mergulhamos... Até lá (e para além disso), só lhe restava pegar de novo na sua mala (por instantes pousada), e seguir Caminho...
Era de noite. Ele olhara-a com uma nítida noção que o tempo não tinha passado entre a imagem que ele tinha na sua cabeça e a imagem que ele tinha diante de si. A noite passava, assim, correndo e ia tomando conhecimento de coisas que o faziam tremer por dentro, mesmo não sabendo como é que as coisas se desenrolariam no futuro.
Nessa madrugada, as coisas evoluíram na forma de uma criatura de duas cabeças: por um lado, o desejo imediato, puro, sanguíneo, de que as coisas brilhassem com a intensidade de mil Sóis, como se não houvesse um Amanhã, aquele de todos os dias, um momento em que tudo pára e tudo corre ainda mais veloz; por outro, a permanente certeza que esse Amanhã viria, inexorável, pétreo, a nítida claridade que aquilo era, apenas e só, um momento, sem certezas, com todas as dúvidas, aquele instante em que o jogador faz as suas apostas e que sabe que tem mais hipóteses de perder do que ganhar...
No entanto, constante e transversal a tudo isso, a Esperança.
Mais do que o conflito entre os interesses entre pessoas, a questão fulcral de tudo está no conflito interno, entre os interesses que uma pessoa tem. Todos o que possam haver, surgem de igual para igual. A diferença está no peso que cada um adquire, conforme as nossas crenças, as nossas convicções. E aí o verdadeiro conflito: entre aquilo que desejaríamos, de todo o coração, sem olhar a tempos, sem olhar a situações, e aquilo que se afigura como uma hipótese real. E, infelizmente, normalmente a voz do coração fala mais baixo, perante a dureza ígnea do que intuímos como realidade, do palpável. Do que é que se abdica nessas alturas? Sabê-lo-emos? Teremos a profunda consciência de tudo aquilo que estamos a abdicar, ao olharmos ao que julgamos ser uma necessidade mas que não passa de algo tão fátuo e transitório como uma fagulha que passa de ar quente ao ar frio?
E quantas, quantas vezes, a verdade das coisas está à nossa frente, mais forte do que a realidade sombria dos nossos medos, daquelas ideias pé-concebidas, embebidas no nosso cérebro desde tenra idade, que nos impedem de ser verdadeiramente felizes, que tomamos por tão reais como a pedra que está à nossa frente...
Dia nasce...
... a criatura devora-o...
Ele regressou a casa com uma única certeza e uma miríade de dúvidas: tinha feito, no momento, o que o seu Coração tinha pedido. Sentia-se feliz e isso alimentara-lhe a Esperança, aquele Algo que se alia à sua profunda crença que o Amor é a maior Força Existente e que o fazia acreditar que um dia (um dia...) faria com que as pessoas ouvissem mais o seu Coração do que a Máquina que traduz o que Ele diz e à qual damos (quase) sempre o crédito de ser a Voz Única da Realidade em que mergulhamos... Até lá (e para além disso), só lhe restava pegar de novo na sua mala (por instantes pousada), e seguir Caminho...
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