“You weak, pathetic fool!”
(linha do personagem Shao Kahn, do jogo “Mortal Kombat II”)
- Hahahah!! Não vais conseguir… nunca te livrarás destes pensamentos… nunca te livrarás destes medos, nunca te livrarás desta negritude, nunca te livrarás dos inicios de dia angustiantes, absurdos, das nauseas, das vertigens! Enfim, pequenito, nunca deixarás de ser o que és: FRACO!
- Sou somente humano, coisa feia, sabes o que é que isso quer dizer? Isso, simplesmente, significa que só “existes” porque EU existo. Se não fosse esta Dualidade, TU não terias substancia, enrgia, matéria, serias, enfim, aquilo que és: NADA!
- Nada? Tens a certeza que sou um Nada? Um Nada deixar-te-ia no estado em que por vezes te deixo? Um Nada conseguiria fazer com que te alheies de tudo e todos á tua volta, dos que mais te amam, dos que se preocupam contigo, dos que querem partilhar contigo as suas existências? Um Nada far-te-ia perder todo o interesse pelas tuas ‘paixões’? Grandes paixões que tu tens, pequenito… ao primeiro ataque que faça, corres a recolher-te no teu interior miserável, agarrando-te… a quê?
- Agarrando-me à coisa que mais conta: a própria Vida, que perpassa todas as tuas acções e cuja Luz me chega mesmo por entre essa névoa negra com que gostas de me apanhar nos momentos mais inesperados… o pior, coisa peçonhenta, é que ultimamente pareces estar em todo o lado… e atacas tantas vezes que nem me lembro da ultima vez em que me senti… perfeito.
- Menino, não és só tu que és multidimensional… e sinto-me particularmente orgulhoso da minha eficiência… o meu plano é perfeito e jogo com uma das coisas que mais prezas: a tua memória. Lembras-te de dizeres: “a minha Memória é a minha maior qualidade e o meu maior tormento”? Pois eu também sei disso e este plano é, e tem sido, uma jogada de longo alcance. A tua memória cria fantasmas, a tua memória pertence à tua biologia, á tua mente e liga-se ao inconsciente, ao que não consegues controlar. E é lá que me encontro. É lá que fico, puxando os cordelinhos que te fazem reagir sempre da mesma maneira às mesmas situações, aos mesmos estímulos… são “reflexos condicionados” do sub-consciente, cãozinho marioneta!
- O teu raciocínio falha numa coisa muito grave: os reflexos condicionados NÃO são definitivos. E até uma árvore que tenha sido podada para ser desfigurada, nao deixa, com tempo, de ser bela. A Natureza, um dos rostos de Deus, é imparável no seu rumo. E, além disso, que tens tu a ganhar com isso, com a minha queda? A minha Vida? Já viste que é apenas uma ‘batalha’ numa longa ‘guerra’? Nesta até podes atingir o teu objectivo, mas na proxima surgirei mais forte, mesmo que lá estejas, como certamente estarás… como vês, é uma vitória pírrica a tua, coisa nojenta.
- Pequeno ridículo, é essa a beleza do meu trabalho: eu continuarei por aqui, a derrotar-vos um por um, a inutilizar a vossa vida, fazendo-vos olhar para aquilo que não interessa, fazendo-vos desperdiçar aquilo que não interessa, fazendo-vos pensar aquilo que tu, por estes dias, tantas vezes pensas: “everything is so pointless…”… queres maior vitória que essa?
- Continuo sem perceber que vitória há nisso… A minha alma é imortal e, quer queiras quer não, a minha capacidade para ver, reconhecer e fazer o Bem continua intacta. É isso que transportarei para o Outro Lado e para outra Vida daqui a muitos e muitos anos (espero!).
- Coisito, o meu poder, como verás, é muito maior e mais vasto que o que pensas… é tão velho como a Humanidade, fui eu que vos impedi, e impeço, de evoluir mais do que aquilo que são capazes. E é tão fácil encontrar os vossos pontos fracos! São sempre os mesmos!
- Um ponto há contra o qual nunca serás mais forte: o Amor, o verdadeiro Amor, o Amor de Deus, a Luz e tudo o que deles advém. Podes fazer com que me feche numa redoma, podes fazer com que me afaste de tudo e todos, podes fazer com que tenha medo de cair num lado totalmente negro, num lado em que já antes me lançaste
(mas do qual saí, lembras-te? Quem ganhou afinal?)
e ao qual até posso voltar, podes continuar a inundar a minha cabeça com imagens absolutamente terríficas, deprimentes, podes fazer com que o meu corpo se sinta mal, se sinta doente, podes fazer tudo isso, mas nunca, NUNCA, poderás tirar aquilo que EU Sou, pois, no final e afinal, é isso que vem e virá sempre ao de cima, pois é isso que te derrota, pois é isso que é Eterno e é isso que ficará, muito depois de deixares de ‘existir’.
- Vemo-nos por aí, fraco!
- E ‘por aí’ cairás!
“If you know the enemy and know yourself, you need not fear the result of a hundred battles. If you know yourself but not the enemy, for every victory gained you will also suffer a defeat. If you know neither the enemy nor yourself, you will succumb in every battle.”
“You have to believe in yourself.”
Sun Tzu - “The Art of War”
5 comentários:
Temos de persistir sim... independentemente das imagens que nos plantam na cabeça...
Às vezes até, independentemente de nós.
Kiss
És muito mais do que isso. Muito mais do que a batalha, muito mais do que o próprio discurso que travas. És mais do que os medos ou a ausência deles. És muito mais. Sabes isso.
Para mim, a única palavra que me vem é aceita, ama-te mais. Hoje, aqui, agora.
Como nós te aceitamos. :)
Tinha, como sabes, que iniciar pelas últimas palavras da Lita, porque tantas vezes tas digo: Aceita(-te)...
E, com um sorriso no rosto, sei que estás a fazê-lo. Porque depois de semanas ("dinâmicas", to say the least) continuas e encontrar-te, percepcionar-te ao ponto de conseguires escrever assim. Percebes agora tudo o que te tenho dito?
"A minha alma é imortal e, quer queiras quer não, a minha capacidade para ver, reconhecer e fazer o Bem continua intacta."
Are words needed? I don't think so...
Com a maior das Honras me deixas perceber o que te assusta, mas também com a maior das Honras e Amor me fazes ver que sim, sim! és mais que tudo isto. E por isso, e por muito mais, a vitória é tua. E de todos os que te amam, porque a redoma não é inultrapassável.
De resto, como sempre, depois de puxado o fio do novelo, disseste tudo. E sabes o que costumo dizer sobre isso, não sabes?
All my Heart,
o que interessa nem sempre é o fruto,
mas a esperança do amanhecer!
Desculpa dizê-lo, mas isto soa-me tanto às inúmeras batalhas que travo comigo mesma, ano após ano...
(tb gostei daqui)
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