Dia de sol mas mais parece de indiferença... Estive rodeado de gente e é impressionante como tudo me passou ao lado... centenas de pessoas estavam no sitio onde fui passear e em nenhuma delas reconheci alguma familiariedade... podemos estar no meio de imensa gente e sentirmo-nos infinitamente invisiveis...
Parei num jardim e tentei viajar mentalmente... fundir-me com a terra envolvente e sentir-me uno com qualquer coisa... não consegui... algo me fugia, me escapava entre os dedos, sentindo-me com um campo de forças repelente de todas as pessoas à volta...
Cada vez menos eu confio nas pessoas... não pode haver dedicação se não houver palavra... e eu estou farto que as pessoas nao tenham palavra...
11 comentários:
O Maestro... de novo...
Penso que raramente nos dedicamos incondicionalmente. Para mim é uma falha grave do ser humano: queremos sempre um retorno. Mas a noção de retorno a nossa mente é q a define. Por acaso não estás a ser exigente com quem esperas esse retorno, essa palavra? Se calhar ate já o tiveste mas devido a essa tua obessecao por manteres uma cortina de amargura, não o percebeste e então vais elevando a fasquia de exigencia. Falar, discutir com a pessoa é o meu conselho.
De qq forma Hélio, uma pessoa é uma pessoa. Porque generalizas? Os jardins mais bonitos, não deixam de o ser por haver uma flor q degenera.
Eu confesso que tenho um pequeno defeito: quero sempre mais... nao me escondo atrás de uma cortina de amargura mas sim, sou exigente porque quando me dedico, dedico-me contra ventos e marés... cada um tem, naturalmente, a sua lista de prioridades que difere, obrigatoriamente, um dos outros... provavelmente é essa divergencia que me magoa porque, provavelmente também, esperaria que essa lista fosse igual... mas ando a trabalhar nisso...
Quanto aos jardins... bem, nao foi so uma pessoa... são muitas flores, em muitas estações do ano...
O mel mais puro vem das abelhas q se dedicam a um so tipo de flor?
Qual foi a parte do "muitas flores" que nao percebeste? E o mel, caro Maestro, nao depende das flores, já que o que é fermentado é a água e o açucar...
Pronto... prometi para mim mesma não o voltar a fazer mas... não resisto... Tenho de te epicaçar... Será que não és tu que não te compensas a ti mesmo? Houve um dia um amigo meu muito sábio que me disse que quando apontamos um dedo a outras pessoas, estamos a apontar 4 para nós mesmos. Não estou a pôr em causa a tua dedicação e o teu esforço. Mas será que não estás à procura das coisas erradas nos outros? Tens de te lembrar que as outras pessoas também vivem nos seus medos, desilusões, fracassos, ignorâncias... Por isso, se estiveres à procura do Sim por parte dos outros ficarás sempre assim. Por isso, cada vez que trabalhares, fá-lo porque sabes que é certo, quando estiveres a dar um concelho, fá-lo porque gostas de partilhar, quando estiveres a ensinar, fá-lo porque gostas de aprender. Ninguém é mais que ninguém, apenas umas pessoas têm mais consciencia que outras. Tu já chegaste tão longe Hélio! Deixa de viver pelos outros e passa a viver para os outros. Cada vez que agires, fá-lo de coração e alma. Mesmo que depois não tenhas as recompensas que gostarias, tu vais ficar feliz, porque sabes que o que fizeste, fizeste bem. E acima de tudo, confia em ti e no Universo! Há sempre um designio, podes não o perceber agora mas acredita que terás muito boas surpresas. Um beijinho muito grande, amigo.
O mel é produto da digestao enzimatica pelo sist digestivo da abelhas. E sim o aroma e finura dependem em grande parte das flores donde sao recolhidos.
Essa(s) tua(s) flor(es) e tu abelha precisarao de um espaco? Afasta-te um pouco e veras melhor a beleza do jardim.
Maestro, para quem é tão filosófico e agarrado á realidade das coisas estás muito... "isotermico"...
agora nao percebi....
Estás muito espiritual caro Maestro... o afastar pra ver o jardim... é das coisas que eu proprio diria...
É facil dar conselhos, não é? :)Agora pratica-los ...eu bem sei q nao é facil. Exigimos muito dos outros. Pesamos demais em banalidades. Mas sim se nao me sentise de alguma forma isotermica contigo nao me teria infiltrado no teu blog
Neste momento, so posso pensar em banalidades... o meu cerebro foi de ferias...
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