3 de outubro de 2004

Dias conturbados estes...

Nem uma tempestade revolveria tanto as coisas como estes dias revolvem... E ainda dizem que é na adolescencia que as coisas são mais confusas, turbulentas, poderosamente profundas - mas com uma profundidade que não conseguimos sentir senão por ecos num futuro que nos pareceria, na altura, altamente distante e tão longinquo como o passado a que ambicionávamos, muitas vezes voltar.
As revoluções acontecem, quer nós queiramos quer não, e tomam o seu rumo qual ser com vida própria, raciocínio e maneira de ser. Respiram, comem, destroem, criam e criam-se. Mas há uma coisa que inconscientemente muita gente inveja nas revoluções: é que são imortais. Não têm tempo. Nascem mas não morrem.
Tudo aquilo que se está a passar comigo não é nada de mais. Apenas aquela revolução que acontece na vida de muita gente, de quase toda a gente, de todos aqueles, pelo menos, que pensam.. ou até mesmo naqueles que não existem. São escolhas que se tomam, são decisões que se fazem, são vias e rumos a tomar em direcção a um futuro que será uma certeza depois da revolução deglutir mais um produto da nossa mente atirado ao acaso. Mas o problema, como um personagem de um filme dizia, "o problema é escolha". Todas as revoluções têm problemas. E a desta é a escolha. Isto ou aquilo?... Por aqui ou por ali?... Vivo ou deixo viver?... Parto ou fico?... As revoluções não sobrevivem de moeda ao ar. Sobrevivem de pessoas. Somos carvão pra elas. E elas, que fazem? Pedem mais. É isto a (r)evolução. É isto a vida. Conturbada?... Só se o quisermos...

1 comentário:

Sílvia disse...

Eu prometi e cumpri, depois de ter espreitado Julho 2009 decidi q devia começar pelo começo e fiquei surpreendida, és mesmo tu a escrever?! Tou a brincar ctg! Já me apercebi q por debaixo dessa extroversão toda há algo mais e confirma-se. São os 30 q nos dão maturidade e experiência mas é a mais pura realidade acho q creci mais nestes últimos 6 meses doque nos restantes 31 anos!!E tal como tu tb perdi alguém e acontece c todos, pelo menos c todos q têm coração e q acham q avida pode e deve ser vivida até à exaustão dos sentidos, problema é qdo os q nos rodeiam não estão na mesma onda. Too bad ou em português da treta: temos pena. Mas tb acredito q aquilo q não nos mata nos torna mais fortes por isso azar digo eu p quem passa pela nossa vida como um furacão nos deixa desorientados chorando e sofrendo a sua perda, q vão p o epc pq aparecerá sempre melhores pessoas como brisas e não como furacões q só trazem destruição.
Obrigada pelo facto de poder desabafar mesmo q seja assim na blogosfera uma novidade p mim q sou rapariga pouco dada às novas tecnologias...prefiro conversa olhos nos olhos mas tb há que nos render às evidências

Besitos gds
Sílvia