6 de junho de 2008

... Do alto do meu promontório vejo-te chegar... Ainda não o sabes mas vejo-te chegar... estás lá longe, vais-te chegando à terra lentamente, como fina poalha que sobre uma mesa assenta... como que por acaso, chegas por entre rasgos de luz, danças de cores, brilhos mil que te rodeiam, pó de estrelas que, fátuas, surgem em pano de luzes e sombras... é uma dança, quase, inebriante, encantadora, com pés de sonho e toque de brisa... celebra-se e, ao longe, não se sabe porquê... a coberto da noite tudo é possível, o artifício do Homem tudo pode iluminar, tudo pode esconder, tudo pode festejar ou carpir... É insignificante, visto daqui, todo o aparato, mas, de facto, parece que só para ti tudo isto foi feito... Quem sabe se até foi?... Aproximas-te e tudo é celebrado, a chegada, a viagem, o que há-de vir e a Névoa onde tudo se esconde... mas ninguém sabe e, à vista de todos, este é o maior segredo que podemos guardar...

1 comentário:

Arrebenta disse...

Desaparecido do Braganza?... :-)