5 de junho de 2008

Naar zee, naar zee, naar zee,
O! mijn leven te water laten
Op zee, in de vind, op de golven!
Mijn smaak in grote reizen pekelen
Met door de winden opgeworpen schurm.
Mijn vleesvan avontuur met striemend water tuchtlgen,
Het bot van mijn bestaan in ocean kouden drenken,
Mijn cyclonisch en atlantisch wezen
Geselen, sneijden, kerven door winden, schulm en zon,
Mijn zenuwen als touwladders gestrekt,
Harp in de handen van de wind

Tradução:

“No mar, no mar, no mar,
Eh! pôr no mar, ao vento, às vagas,
A minha vida!
Salgar de espuma arremessada pelos ventos
Meu paladar das grandes viagens.
Fustigar de água chicoteante as carnes da minha aventura,
Repassar de frios oceânicos os ossos da minha existência,
Flagelar, cortar, engelhar de ventos, de espumas, de sóis,
Meu ser ciclónico e atlântico,
Meus nervos postos como enxárcias,
Lira nas mãos dos ventos!”


Alvaro de Campos

... a partir de um poema exposto em Oostende, provincia de West-Vlaanderen, Bélgica.

Quantos poemas à beira mar, nós, a nação que deu novos mundos ao mundo por via marítima, temos nós por cá?

1 comentário:

Jay Dee disse...

Uma infinidade deles, felizmente =)