22 de março de 2006

Passagens...

No outro dia, quando cheguei ao emprego, deram-me a notícia que um dos colaboradores da fábrica tinha falecido durante o fim-de-semana. No momento não quis acreditar. O sr. António Maria, de 56 anos?... Não... não era possível...
Esta seria a altura em que faria o elogio da sua personalidade e do homem bom que era. Era um homem bom e isso diz tudo. Conhecia-o unicamente há 2 anos mas para mim era como se o conhecesse desde sempre. O dia-a-dia aqui na fábrica, quando ele estava no turno da manhã ou no da tarde, permitiu uma vivência e inumeras situações que me fazem recordá-lo com carinho e muita amizade, apesar de algumas discussões que são perfeitamente normais. E isso é que é engraçado: até agora foi a única pessoa com a qual discuti e me chateei aqui dentro... O politicamente correcto nessas raras alturas era deixado de parte e debatia-se tudo até á exaustão. Mas mais do que isso, eram todos os bons momentos, os momentos em que me contava histórias de vida, lições aprendidas, os seus poemas com humor (picante ou não) entre tantas coisas mais... Sinto muita falta do avô Cantigas ou Ti Bigodes (no qual ele tinha muito orgulho) ou Pavor (já que ele me chamava Virgulino, por piada ao nome e por carinho, e que eu, lembrando-me de um nome que eu vi, completava-o)... Para ele, eu era o puto... Ontem vi-o pela última vez... que a tua Vida perdure, que caminhes na e pela Luz e que tenhas tudo de Bom da próxima vez que cá voltares...

1 comentário:

Nocas disse...

O importante é que independentemente daquilo que irá ser o futuro, o Sr. António Maria deixa algo seu para os que cá ficaram e para os que o conheceram... isso mesmo, recorda o que de bom encontraste nele e assim verás que ele continua a acompanhar-te no dia-a-dia.
bjs