10 de julho de 2009

"The trick is not how much pain you feel - but how much joy you feel. Any idiot can feel pain. Life is full of excuses to feel pain, excuses not to live, excuses, excuses, excuses."
Erica Jong

Há uns tempos já bons, vi num programa sobre Ciência a forma como o cérebro evoluiu. Desde os primeiros gânglios neurais, passando pelo cérebro dos repteis (do qual o nosso equivalente é o tronco cerebral) de características agressivas, seguindo para o cérebro dos pequenos mamíferos, que apresentam uma zona extra, responsável pela sensação de medo, de perigo e, finalmente, eis que os primatas chegam apresentando uma nova zona no cérebro: o neo-cortex, responsável pela maioria do raciocínio lógico, que, de alguma forma, acaba por controlar os outros dois 'cortex' mais "primitivos". Ou acabaria, se não nos deixássemos levar pelo medo. De facto, é tão fácil deixar que o cortex do meio controle todo o nosso cérebro. E é, de facto, um controlo porque quantas vezes não arranjamos argumentos lógicos que servem ao propósito de ficar encolhidos num canto, deixando a Vida, que deveríamos beber em tragos de gigante, passar ao largo como a formiga que não deixa marca por onde passa. O medo é uma reacção biológica útil, sem dúvida, mas somente em determinadas situações e de uma forma moderadamente controlada. A partir do momento em que a Razão é metida ao barulho, deveríamos ser capazes de travar a reacção, roubar as rédeas do controlo racional ao Medo e, assim, limitar o medo ao que é: uma emoção. Isto tudo para dar apenas uma justificação biológica a todo o processo que tantas vezes nos deixa paralizados, não em situações de "fight or flight" mas em oportunidades únicas que teríamos feito tão bem em agarrar. Contra mim, mais uma vez, falo. Mas tento aprender...

"Under all speech that is good for anything there lies a silence that is better. Silence is deep as Eternity; speech is shallow as Time."
Thomas Carlyle - Scottish author, essayist, & historian (1795 - 1881)

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