2 de dezembro de 2006
The Empire Strikes Back!
Neste momento sou investigador em Imunologia, mais em particular em Glico-Imunologia na Faculdade de Ciências Médicas... Espero que me seja atribuida daqui a um tempo uma bolsa para que possa tirar o Doutoramento para que possa prosseguir com um pouco mais de segurança a vida profissional que eu escolhi e que adoro... O grupo de trabalho é pequeno mas é fantástico e, engraçado, sou o único elemento do sexo masculino lá no meio. Tirando isso, o trabalho decorre bem, esperando que venha a ser publicado nas revistas da especialidade (which would be nice!).
No plano mais privado, continua tudo sobre rodas. A Vânia e eu continuamos juntos e vamos fazendo pela vida... Uma relação dá trabalho e, acima de tudo, é preciso ser egoista e altruista, racional e emocional, eu e nós... acho q não é preciso dizer mais nada :)
Musicalmente... não tenho banda neste momento... Não toco musica em colectividades cujas direcções (quer administrativas quer musicais) não reconheçam o esforço, o sacrificio e o trabalho que se desenvolve por amadores cuja única recompensa é o simples prazer em fazer algo tão belo e tão sublime como música. O amadorismo em portugal tem os dias contados se continuarem a haver direcções e comissões organizadoras de eventos que tratem os amadores como seus criados e não como convidados que dignificam a festa e o nome das localidades que representam...
Foi um longo Verão e um Outono um pouco mais curto mas um Verão terrivel... declaro o Verão de 2006 "stationa horribilis" e espero que o calor não me atormente como neste ano... nem a doença...
Mas agora tudo passou... completei 26 anos há uns dias e os 30 estão cada vez mais perto... mas continuo a sentir-me com menos de 20 muitas vezes... síndrome de Peter Pan?... :)
E ainda não foi desta que se viram livres de mim! :)))
25 de julho de 2006
Mudanças
É muito complicado tentar por em palavras o turbilhão que a minha vida tem atravessado nas últimas semanas. Desde a ultima vez que escrevi que muita coisa aconteceu… futebolística, internacional mas sobretudo pessoalmente.
Tudo começou há quase um mês. Após um anúncio enviado por uma ex-colega minha de faculdade candidatei-me a um lugar num laboratório, lugar esse que consegui felizmente. Mas, como se devem lembrar, continuava vinculado à fabrica, o meu primeiro emprego, do qual guardo muito boas e más recordações mas, felizmente, mais boas que más. À Fapajal agradeço o ter-me aberto os “olhinhos” profissionalmente, o ter criado amizades, o ter contribuído com mais um bloco na minha formação pessoal.
Foi, por isso, uma separação dolorosa. Quis fazer tudo da melhor maneira, da maneira que agradasse a gregos e troianos e menos prejudicasse ambas as instituições. Foi a primeira vez que tal aconteceu e foi para mim uma pilha de nervos…
Ao mesmo tempo que tratava esta transição, um facto muito, muito mais negro aconteceu na minha vida. Uma pessoa, que tinha em altíssima estima e num lugar muito querido no meu coração faleceu. A D. Ana Maria deixou este mundo e, com ela, aqueles conselhos maravilhosos que, quando eu tanto, tanto precisei, lá estiveram… Uma pessoa tão doce, tão sábia, tão viva… E precisamente agora, num turbilhão muito parecido ao que se passou há 3 anos, em que ela me valeu tanto, em que eu preciso tanto dela, ela já não está… Tenho outras pessoas maravilhosas na minha vida mas aqueles conselhos dela… são insubstituíveis… outras situações constrangedoras relacionadas com o stress do dia a dia, consequências de consequências do que se vai passando, aumentaram a minha ansiedade e, num destes belos e sufocantes dias de Verão, tive um ataque de pânico… Eu NUNCA tinha tido um ataque de pânico… Não desejo um ataque de pânico a ninguém mas toda a gente que passar por um, acredite que vai perceber que está a tê-lo…
Foi aí que soube que tinha batido no fundo… procurei ajuda e ela veio com o apoio dos que mais me amam a meu lado… agora as coisas estão a compor-se mas o peso dos desafios que tenho pela frente ainda é muito grande…
As boas noticias são que vou ter férias… mas que férias?... só desejo uma férias tranquilas e sem preocupações e para isso tenho um dos maiores desafios pela frente: parar a cabeça… é tanta coisa à roda… Peço desculpa pela minha não-frequência de update do blog mas a inspiração não é coisa que me venha com frequência ultimamente mas acreditem: vocês não são esquecidos… nem que os melhores dias virão…
27 de junho de 2006
Ponto da situação...
Em mês de festejos, fui às festas da minha cidade-natal, Lisboa, a das 7 colinas, coisa inédita para a minha pessoa... gostei! Do ambiente, da festa, dos sons que encheram a minha Lisboa, de estar toda a gente na rua á noite, de passear á noite por bairros tipicos e avenidas proibidas durante o resto do ano... Lisboa estava pintada de alegria e pulsava de vida.
Não houve idas á praia a não ser este fim-de-semana... e o tempo nem ajudou... e ainda bem! A altura é de descanso, o corpo está moído e, como todos sabem, um dia de praia é exaustivo... sendo assim, acabei a Manopla de Karasthan e o Winter King e estou prestes a acabar o Enemy of God, deixando-me simplesmente o Excalibur (para minha pena... uma historia daquelas devia ter uns 10 livros...)... Mais uma vez digo, leiam-me esses livros... qualidade dessa, hoje em dia é muito rara...
Fui também ao cinema. Vi o Codigo d'Avintes e, não tendo lido o livro, gostei do que vi... o Forrest Gump estava mais animado ou, pelo menos, menos soturno que nos ultimos filmes, o Gandalf parecia que tinha tomado Prozac em doses industriais, a Amelie continuava a ver coisas onde nao existiam (agora até pensa que é descendente de Jesus, querem lá ver a cachopa...) e até o Dr. Octopus continuava a meter raiva... so faltou o Homem-Aranha... piadolas á parte, o enredo estava muito bom e em termos de pormenores (como o do funeral do Newton) achei que estava impressionante... um bom filme, portanto, neste deserto de qualidade cinematográfica que nos assola...
Junho está a acabar e Julho já cheira a férias... ou, muito possivelmente, não... este ano, devido a alguns acontecimentos inesperados e que se desenvolveram com uma velocidade assustadora posso ter de cortar as minhas férias. Valores mais altos se levantam... a conferir nos proximos capitulos...
E para finalizar, um "piqueno" comentário á Selecção: aproveitando os desenhos no chão, da proxima vez, usem a tactica do Quadrado... resultou contra os espanhois há 623 anos atrás e de certeza, perante tamanha cavalaria laranja, que resultaria e, caso os lobbys na FIFA continuem a actuar, pode resultar... é que há bifes duros de roer... A ementa está lançada: os aperitivos foram vários - uma moamba angolana, couscous iraniano e um shotzinho de tequilla; para previnir das "traições" do tempo, um chazinho de laranjeira antes da maravilhosa ceia: bifes como molho á Cristiano, Picanha á Scolari (com opção de Fondue de Queijo á Pauleta, para os mais indecisos) e tudo isto regado no final com umas canecas de cerveja Alemã... uma refeição de Campeões!
6 de junho de 2006
O avanço da pantufa...
Descansar o espírito é mais rápido. deitadinho e descansado a ler uma recém desconberta minha que vivamente recomendo aos leitores do género. É o primeiro livro de uma trilogia (Warlord Chronicles), Nº 1 nos paises em que foi publicada, no âmbito dos mitos Arturianos: "The Winter King". O 2º e 3º Livros são, respectivamente, "Enemy of God" e "Excalibur". Para além da excelente qualidade de escrita, do ponto de vista histórico está muito bem fundamentado e revela muitas informações que contrariam um pouco a corrente e as histórias do "rei" Artur, ou como diz no livro, "the King that Never Was"... O autor é Bernard Cornwell. É um "Senhor". Recomendo... Ah, e se nao me engano acho que já vi por aí o 3º volume das Crónicas de Allarya - A Essência da Lâmina ;) Se o Francisco José Viegas lesse este post fazia-me uma espera á porta de casa... ainda pensava que lhe queria roubar o emprego...
30 de maio de 2006
Lost...
25 de maio de 2006
IMPE
Na ressaca da implantação da República, o então ministro da Guerra, General António Xavier Correia Barreto, decidiu criar a Obra Tutelar do Exército de Terra e Mar, compostos por três estabelecimentos militares de ensino, dois deles já existentes e mais um criado pelo mesmo decreto-lei de 25/5/1911, nesta ordem: o Colégio Militar (antigo Real Colégio Militar e nossos eternos rivais), o Instituto da Torre e Espada (antigo Instituto D. Afonso e actual Instituto de Odivelas - sempre para meninas) e o Instituto dos Pupilos do Exército de Terra e Mar. A função (pelo menos) deste último, desde sempre e descrita no decreto-lei: "formar cidadãos uteis á pátria". O primeiro objectivo da sua existência era abrigar os filhos, e sobretudo orfãos, de militares, providenciando ao mesmo tempo a formação técnica necessária. Ao mesmo tempo, orientavam-se essas mesmas crianças para que no futuro pudessem incorporar os quadros das Forças Armadas no futuro. No caso do Pilão, as crianças que entravam na instituição eram sobretudo filhos de sargentos e praças, pelo que os filhos de oficiais iam sobretudo para o Colegio Militar (daí a sua maior fama). Com o passar dos tempos essa diferença de classes foi-se esbatendo embora essa orientação de classes tenha deixado as suas marcas (boas e más) no modus operandi de cada instituição: o Colégio Militar ainda hoje tem os anos catalogados pelo sistema antigo (5º ano-> 1º ano... 12º ano -> 8º ano) apesar da optima qualidade de instalações e, não duvido, de ensino. Mas são, sem dúvida mais rigidos e arcaicos, em relação á filosofia do Pilão. Se há instituição que conheço em que a mítica virtude tuga do desenrasca está bem vincada é mesmo no IMPE. E foi, talvez, graças a essa filosofia de formação técnica rigorosa e criativa que o Pilão sempre esteve na vanguarda do ensino, tendo, ao contrário do Colégio, sido agraciada com a criação dos Cursos Superiores Politécnicos, hoje Bacharelatos (Engenharia Mecânica; Eng. Electrónica e Telecomunicações; Eng. de Sistemas de Potência; Contabilidade e Administração). A formação superior era uma necessidade e foi concretizada, abrindo assim uma via para um caminho não-militar mas cumprindo sempre o ideal do General António Correia Barreto de "formar cidadãos uteis á patria". E não é raro encontrar Pilões nos mais altos cargos quer de empresas , quer do Estado. Ainda assim, nos últimos anos, o sonho da Licenciatura 100% pilónica é algo ainda muito forte, apesar dos diversos protocolos de entrada directa para conclusão bi-etápica de licenciatura assinado com diversas instituições do Instituto Politécnico de Lisboa.
O Pilão foi a minha casa de 1990 a 1998, não tendo tirado lá a minha licenciatura (que tirei na Faculdade de Ciências de Lisboa). Foram 8 anos com coisas boas e coisas menos boas, como em todo o lado, mas das quais, felizmente, ficaram muito mais boas memórias. A essa casa devo a minha educação e, raro nestes dias, grande parte da minha formação moral e ética. Quantas escolas cumprem esse desígnio? Educação não é só Instrução e num mundo em que muitos apregoam a gritante falta de valores, o tirar a vida por "dá cá aquela palha", instituições como esta têm e fazem todo o sentido de existirem. Há uns anos atrás (estava eu quase a acabar o curso) não era isso que entendia o Governo, chegando mesmo a ser noticiado que o IMPE iria fechar... e durante 2 ou 3 anos não houve mesmo admissões ao 5º ano. "Porquê", pensaram eles, "ter duas instituições que devem ser a mesma coisa e até estão relativamente perto, geograficamente?" Estavam tão longe da realidade (porque NÃO são nem nunca foram, definitivamente, a mesma coisa)... Mas alertando quem de direito, essa decisão foi revogada e há 2 anos que voltou a haver novos Pilões a correr pelo Instituto.
Encontrei nessa altura má um professor meu do Secundário (que até era também director de curso do Secundário) quando andava ás compras e perguntei-lhe como é que as coisas iam. Tanto ele como a sua mulher deixaram transparecer a sua tristeza, ao dizerem que era uma desolação ver a parada da 1ª secção (onde se leccionam o 2º e 3ºs Ciclos) á hora do lanche quase vazia. Se a mim me doeu eu imagino a eles: afinal, muito antes de eu ter lá entrado já eles aí ensinavam.
O Pilão a isto sobreviveu e a tudo sobreviverá, disso tenho a certeza. É uma casa apaixonante, rica em tradições, edificante em carácter, democrática em essência, fraterna de coração, única no Mundo... uma "casa tão bela e tão ridente, que tem por lema seu: Querer é Poder! Querer é Poder!"
23 de maio de 2006
De molho...
19 de maio de 2006
Sopas...
P.S.- Ah, e o casamento correu muito bem e só graças á geração anterior á minha é que tive um oásis (vide post anterior) assim dos grandes... :)
12 de maio de 2006
Arroz à Esquílo e descanso...
Amanhã não vou passar níveis mas é como se fosse. Não gosto muito de multidões (excepto as do Euro 2004 - ahhh, a saudade...) e quando tenho de fazer boa figura, então, o melhor é estar como se não estivesse lá... á esquilo :)
No Domingo não sei o que vou fazer mas eu queria tanto descansar... tanto... e se possível dar o meu 2º banho do ano... mas eu só queria descansar... mais nada... ler a minha Manopla de Karasthan e vegetar... mais nada... a vida é tão simples e com prazeres tão simples...
11 de maio de 2006
Elas andam aí...
Tinha tantas coisas para falar mas não me lembro de nenhuma em particular. Prefiro então fazer um balancete do que tenho feito (pode ser que venha daí alguma ideia)...
Estes dias têm sido algo agitados com concertos a dar, muito trabalho na fábrica e alguns passeios por aí... Os dias puxam a isso, o calorzito já se faz sentir e num destes dias, acho que até foi no 1º de Maio (sem desrespeito por ninguém que tenha trabalhado por aí), fui até à praia... mais concretamente, Foz do arelho city... aos anos que lá não ia... Mas a lagoa continua na mesma e a água também - gelada! Lembrei-me então que estávamos em Maio e tudo se justificou. No entanto, nao demovido pelo gelo, fui á procura de um local qem que a dita água estivesse mais quentinha... e como quem procura sempre alcança, lá alcancei um local uns bons graus acima! Soube tão bem... O primeiro banho do ano é sempre um luxo e quase inesquecível.
Ainda não tive ideia nenhuma...
E já vamos quase no meio do mês... O calor continua a aumentar e já se começam a contar os dias para férias... a mim faltam-me precisamente 2 meses e 14 dias. Vão passar que nem um tirinho... as férias, não os 2 meses e 14 dias...
Tudo isto me faz lembrar do bem que as pessoas s snetem ao não fazer nenhum. Mas não fazer nenhum também exige uma certa perícia e, até mesmo, uma certa arte. caso contrário cai-se no aborrecimento, o que contraria em absoluto todo o conceito de férias. Ir de férias para nos chatearmos é rídiculo. Faz tanto sentido como o um Urso polar no deserto (que se calhar já por lá andaram)... Mas as pessoas gostam imenso de não fazer nenhum. Pelo menos eu e os que me rodeiam adoramos. Mas atenção que eu encaro as minhas férias não como algo que devia ser frequente e natural mas sim como um prémio pelo esforço desenvolvido ao longo do ano. Acho que também podiam ser mais dias mas isso é outra história (p.e. acho que na quadra natalícia, desde a véspera de Natal até ao ano novo, devia haver férias - são 6 dias, o que é isso?...). Mas falo sobretudo do prazer que é ir para férias com o dever cumprido, consciencia tranquila e sabermos que estamos a gozar algo que fizemos por merecer. É tão bom... E depois há o ir pra férias ainda a pensar no trabalho e em vez de se levar a cabeça para descontrair, ela fica em casa, ou pior, no trabalho. Esse é o maior erro que se pode fazer. O corpo humano está preparado pra uma carga de trabalho/stress média ao longo do ano e, como sabemos, o stress é gerado (e sofrido) em grande parte no cérebro. Deixar o cérebro no local de stress é um erro, parece-me portanto. Temos de aproveitar esses dias para quebrar a rotina. Lembrei-me que havia um povo que tinha um ritual anti-rotina: quando chegava a uma certa altura do ano, partiam da sua aldeia para outro ponto da região e aí organizavam um festival em honra de um dos seus deuses durante uns dias. Escusado será dizer que quando (por algum motivo) nao faziam esse ritual as coisas nao corriam bem e entao decidiram ser obrigatório que TODOS o fizessem, não fossem os deuses ficar furiosos e descarregar neles a sua raiva.
De qualquer forma, com deuses ou sem eles, as férias fazem falta, estão quase aí e... vou parar de falar em férias porque estar a falar de férias no trabalho é masoquismo :)
Viram como tive uma ideia :)
E desta acho que compensei!
27 de abril de 2006
Walking on sunshine...
Não é a minha terra propriamente, mas as minhas raizes estão lá e é a minha família que são também os meus amigos e isso é um tesouro riquíssimo... e é isso que torna a Vida bela...
Isto 'tá assim meio p'ró curto, nao está? Depois compenso...
18 de abril de 2006
Soltas...
"
Impossível
Impossível cantar-te
como cantei o amor adolescente
colorindo de ingenuidade
paisagens e figuras reduzindo-o
à mesma atmosfera rarefeita
do sonho sem percurso no real
Impossível tomar o íngreme caminho
da aventura mental
ou imaginar-te pelo fio estéril
da solitária imaginação
Tão-pouco desenhar-te como estrela
neste céu infame
dizer-te em linguagem de jornal
ou levar-te à emoção dos outros
pela voz contrafeita da poesia
Impossível
Impossível não tentar dizer-te
com as poucas palavras que nos ficam
da usura dos dias
do grotesco discurso que escutamos
proferimos
transidos de sonho no ramal do tempo
onde estamos como ervas
pedrinhas
coisas perfeitamente inúteis
pequenas conversas de ferrugem de musgo
queixas
questiúnculas
arrotos comoventes".
Alexandre O´Neill
... e gostei!
6 de abril de 2006
Curtas...
5 de abril de 2006
Vai ou não vai?
28 de março de 2006
"Strength and Honor"
22 de março de 2006
Passagens...
17 de março de 2006
Chuva...
O pseudo-Verão que aconteceu no início desta semana foi algo que nos renovou a energia e nos deu ânimo... estamos um pouco fartos de todo este tempo frio e desta chuva que muitas vezes cai quando nao deve, se bem que por outro lado temos consciencia que ela ainda faz muita falta (só isso nos faz aguentar tamanho cinzentismo)... eu quero os dias de Sol e de calor (não muito) de volta... estamos a precisar de animar!
Quem não está a precisar de animar é o pessoal de França. Depois do Maio de 1968, está a acontecer é a maior mobilização estudantil no país do sr. Chirac. E com toda a razão. Os senhores do poder querem dar a liberdade, a quem manda, de poder despedir sem justa causa e sem pré-aviso qualquer jovem até aos 26 anos sob sua alçada. O emprego, que era precário, tornou-se periclitante. Não pensem as pessoas que lá por isto se passar no país do queijo que não nos pode afectar. Nada disso. Sendo a França e a Alemanha os motores da União, o que acontece por lá, muito rapidamente acontece por toda a Europa (lembrem-se dos motins dos emigrantes em Paris). E tendo em conta que neste país há uma tendencia muito engraçada (ou não) de copiar tudo aquilo que ajude a limpar os números que temos de entregar á União, então, estes acontecimentos são bastante preocupantes. Houve direitos conquistados na Revolução dos Cravos, direitos esses que têm vindo a ser "actualizados" em nome de um deus (aos olhos de quem manda) maior, tornando-os cada vez menores... Por mim, esta situação nem m devia preocupar visto que, não tarda, estou fora da idade de perigo. Mas preocupa-me ver gerações vindouras com os empregos ainda mais precários, sem condições nem segurança para investir em algo concreto e útil para a sua Vida, não criando assim as condições para que possam cumprir a sua missão aqui na Terra. Se com estas medidas se pretende que a produtividade aumente, é preciso não esquecer que sob um clima de medo e repressão os resultados não aumentam mas sim diminuem consideravelmente. Vejam exemplos como o da empresa Google, em que os empregados passam mais tempo no trabalho do que em casa... a razão é simples: as condições que eles têm no trabalho são tão boas ou melhores que em casa, sendo que esta só lhes serve pra ir dormir (já que na empresa eles não têm camas). Uma empresa que investe no conforto e segurança dos seus empregados, mais facilmente ganha a sua confiança e, tomando os empregados a empresa como algo seu, o seu empenho e optimo desempenho. O princípio da Selecção Natural (se pensarmos num princípio de melhor pessoa para o lugar) é aplicável mas não quando todas as condições são adversas...
Não é meu interesse tornar este espaço num lugar político. Mas é meu interesse discutir tudo o que seja humano e humanista. E, a meu ver, esta intenção política está embuída de uma profunda desumanidade... Mas tenho a ressalvar que os responsáveis politicos deram ordens para que a Policia não retalie qualquer acção dos manifestantes, o que é de louvar... mas só isso...
14 de março de 2006
Lavando a cara...
13 de março de 2006
Transições...
Ontem esteve de facto um dia esplêndido mas não fui passear ao ar livre. Fui ver um filme, o Frágeis, que já há muito tempo tinha na minha lista para ver (desde que o vi numa apresentaçao num canal da TV Cabo)... Enredo simples, vê-se muito bem, espera-se e desespera-se pelos desenvolvimentos e tem participações muito simples... Não o aconselharia a pessoas que quisessem um filme para descontrair mas também não o faria a pessoas que procurassem emoções fortes... é um bom meio-termo...
Só queria dizer também que adoro o Universo e tudo o que nele existe porque tudo é tão, tão perfeito que me comove até á mais ínfima centelha... A Vida é Eterna e Perfeitamente Bela...
8 de março de 2006
What's your most treasured possession?...
2 de março de 2006
Prosas...
1 de março de 2006
Entre tricanas e choupais...
23 de fevereiro de 2006
"De Fides"
Eu acredito que a confiança tem vários níveis e são esses níveis que garantimos às pessoas que nos rodeiam... quanto mais estima temos por uma pessoa, mais confiança nela temos... depois há aquelas que atingem o raríssimo estatuto de "ponho as mãos no fogo por..."... Acho isso louvável, até porque as queimaduras doem e para nso arriscarmos a nos queimarmos nao é preciso muito... O Fogo espreita a cada canto.... E isso leva-nos á questão dos imponderáveis, daquelas situações em que (e daí a 2ª pergunta) nem nós mesmos saberíamos como reagir. E se não sabemos como vamos reagir, como é que podemos confiar em nós mesmos? Daí que me lembrei de fazer uma analogia interessante com o mundo físico: a questão da confiança absoluta é como a questão da temperatura absoluta - sabemos que existe o 0 (zero) absoluto (0 K; -273.15 ºC) mas este valor foi extrapolado matematicamente, ou seja, é teórico. E assim, também é para mim a confiança absoluta - é utópica, linda em teoria mas só isso mesmo: teoria.
A pessoa humana é um ser com infinitas programações e strings de comandos, sendo o ego um deles. E a questão do ego torna tudo mais difícil e imprevisível. E é esse critério da imprevisibilidade que em conjunção com os imponderáveis que torna a confiança absoluta numa teoria, uma utopia linda... e que tal como no 0 (zero) absoluto, em termos experimentais, podemo-nos aproximar ás décimas de grau, mas serão uns degraus em que ficaremos sempre por aí...
21 de fevereiro de 2006
Faltas e sobras...
16 de fevereiro de 2006
Depois do Sol...
Desde o meu ultimo post que aconteram muitas coisas boas: curei-me (apesar de ainda ter uma tosse matinal de cão), passei um fim de semana belissimo (fui com a minha Luz a Arraiolos - recomenda-se!) e tive um dia dos Namorados maravilhoso... a questão neste último nem sequer era a efeméride global que comercialmente se comemora (e nisso estou absolutamente solidário contigo Nocas); o ponto central de tudo é que foi a primeira vez que comemorei 1 ano de namoro com alguém e só por isso não há ataque comercial que destrua a importância infinita que este dia tem pra mim. Fui passear á mui nobre e sempre leal cidade de Évora e tive uma bela janta num restaurante indiano que tem toda a minha aprovação (pena nao saber o nome)... E como se o dia nao fosse suficientemente bom, ela ainda por cima passou no código sem falhar nem uma! (talk about proud boyfriend!). E o melhor de tudo é que para o ano há mais... :)
Posso ter perdido o flair da escrita filosófica e simbolista em que duas palavras no sítio certo significam uma página... mas a claridade em conteúdo é melhor que a simplicidade de quantidade... e eu gosto! Nestes dias, depois do Sol, a Luz perdura na alma...
8 de fevereiro de 2006
Andamentos II...
Estou constipado. E detesto. E tenho raiva aos 4 reinos inferiores: virae (para mim é um reino), protista, monera e fungi. É injusto e mete raiva... nem olfacto tenho! E como sou contra os medicamentos só tenho que ter esperança no meu magnífico sistema imunitário e deixar o mal passar... Até lá, continuarei a ter raiva desses seres microscópicos... e de estar assim.
30 de janeiro de 2006
Freddo, molto freddo...
O passeio impunha-se e, assim que almocei, peguei na minha amantíssima cara-metade e parti (com as devidas cautelas) estrada fora... foi lindo, lindo, lindo de viver! Cenários que durante toda a minha vida vi, ou verdes ou em pousio, estavam cobertos de uma camada quase imaculada de branco, transfigurando tudo o que via e transportando-me para outro país (quase)... mas não, estava neste nosso Portugal, lindo e que só nós (com seus males e bens) podemos compreender...
Á noite (e nao só) agradeci novamente por tudo quanto tinha visto e vivido... tudo foi perfeito, estava com quem eu amo, a viagem foi perfeita, o dia abriu e reflectiu toda a brancura que nos rodeava, inundando-nos de Luz... Se feliz sou, mais ainda fiquei...
27 de janeiro de 2006
Píu mosso...
24 de janeiro de 2006
Andamentos...
Tenho-me sentido triste... Tenho-me sentido melancólico, abafado, como se alguma coisa me faltasse, como se me tivessem tirado qualquer coisa essencial... aborreço-me com tudo, procuro aqui e ali e dentro de mim mas nao sei o que é que se passa, não me consigo animar... ontem, então, estava com um humor de urso... não posso procurar fora de mim porque esta é uma das coisas em que a resposta está em nós... espero que o Tempo, com o seu sopro mágico consiga afastar de mim esta "cinzentice" toda...
19 de janeiro de 2006
Partidas...
A Vida é feita disto...partidas, chegadas, estadias e distâncias... umas mais físicas, outras mais transcendentais... O Mundo, o Universo está em constante mudança e evolução e apesar de sermos muito poderosos, a força dessa mudança é avassaladora e nada podemos fazer... resistir-lhe é morrer, uma morte muito mais triste do que qualquer morte física, que não é morte nenhuma, mas sim uma passagem para outra vida, um virar de página, uma nova cena do mesmo filme que é a Vida... e cada uma melhor do que a anterior...
Por isso... transforma as tuas lágrimas em alegrias... tudo está correcto, tudo está onde deve estar... e a Vida está aí para a vivermos...
Tudo de Bom (tu mereces)...
16 de janeiro de 2006
Um pouco de tudo...
Mas pronto, ele já lá vai e mais uma semana de trabalho está á espera... agradeço por tudo o que vivi, novamente e fico á espera de mais um... dia, ou fim de semana...
13 de janeiro de 2006
Da alma ao papel...
Que cinismo, que caras de papel
Que virtuosismos falsos e sem cor
Que fachadas pintadas de cinza
E que ocos os seus interiores,
Sorrisos falsos e de tom esbatido
Que com falsa doçura nos atraiçoam
Vãos pensamentos de que acima estão
E que afinal vivem de pura ilusão...
Tarde demais quando percebem eles
Que tudo aquilo que acreditam é miragem
Da triste vida deles ilusória imagem
Com que constantemente iludem sem cessar
Acabando por serem eles os iludidos
E sem saberem encontram-se num circo
Em que artistas são da sua própria vida
Que com mirabolantes cambalhotas
E inventivas pinturas faciais
Se vão constantemente entretendo
Nada vendo do publico
Mas apenas ouvindo se riem ou aplaudem,
E nessa vida se vão entretendo
Julgando ser superiores a tudo
Com direito de julgar e executar quem lhes apetece
Quando no fim são eles os julgados...
Quem vive pela espada, pela espada morrerá
E triste destino os espera
Já que o respeito que eles demonstram
É em tudo igual ao seu interior: vácuo...
Quem sabe destas coisas o diz,
Não se pode ter sem dar
Ou vice-versa, que também serve...
Onde fica o fim e o principio disto não sei
Mas eles continuam a sorrir, ocos e inválidos
Para uma vida em que nada sentem
Senão o seu insípido e triste ser,
Acinzentando a vida de outros
Buscando nesses aquilo que eles nunca serão
E apenas encontrando o que são: Nada.
... E senti-me bem...
É quase fim-de-semana e está tudo em aberto... uma viagem, uma conversa, uma paisagem... o mundo está aí fora e é nosso para viver...
12 de janeiro de 2006
Dias assim...
Não é pela exigência do trabalho mas sim pela atitude que certas pessoas têm para com outras... pessoas que acham que são muito superiores e que por isso toda a gente tem de fazer o que elas mandam, quer se queira, quer não... pode haver muita coisa que eu engulo, mas injustiça não é uma delas de certeza absoluta... e dias com injustiça, são dias pra esquecer...
10 de janeiro de 2006
Luzes...
O Sol é fonte de Alegria e de Vida. Apesar de não gostar muito do Verão (ou não fosse louro e branquinho), eu adoro o Sol e a magia que é o calor e a Luz que a nós chega apesar de estar a milhões de quilometros de distância (aprox. 150 milhões de km)... Fomos abençoados e por isso estou grato... por isso e por tudo o que posso viver...
9 de janeiro de 2006
Nas montanhas... ou nas nuvens?...
Sempre que regressava á superfície, a minha alma respirava aquele ar gélido mas puro e descansava nas imagens dos montes que me rodeavam. Desejei para sempre ali estar e poder regenerar-me indefinidamente até atingir um equilibrio entre o Ser e a Alma absolutamente sagrado... E, sem surpresa, senti uma felicidade tão antiga mas tão fresca, sentindo-me criança e sendo aquilo que todos deviamos ser: Feliz...
Todos nós temos os nossos altares, os nossos pontos de descanso, de sintonia com o que de mais sagrado há em nós... pode ser o nosso quarto, mas pode ser o outro lado do mundo... mas lá chegando, sabemos que podemos ser nós mesmos com a pessoa que mais difícil é o sermos: connosco...
Mas será assim tão difícil?...
4 de janeiro de 2006
O que é que se passa?...
Mas mais importante do que isso tudo é a gritante incapacidade de nos fazermos essa mesma pergunta. E, de certa forma, parece que estamos sempre á espera, quando mais precisamos, que os outros no la façam... Esta é um dos grandes enigmas da civilização, este funcionamento da mente indagante.
Há uns tempos atrás eu acabei por descobrir o porquê a esta pergunta. Infelizmente, para a maioria das pessoas, não tem uma explicação facilmente compreendida em termos correntes, vulgo, atingíveis por simples dedução, logico-dedutiva. É preciso ter acesso a outro tipo de consciência para que possamos compreender o porquê (vejo agora) de muitas questões correntes que fazemos sem sequer pensar no que implicam. É preciso abrir o coração e sentir o que realmente está implicado nessas perguntas e no resto da nossa vida e no que nos rodeia. O mundo está a ficar doente com tanta irresponsabilidade e acções irreflectidas que a alguem hão-de magoar, directa ou indirectamente. É um pedido que o Universo nos faz, este "pensem! sintam! sejam!", tão consciente como o que nós fazemos quando perguntamos "o que é que se passa?". Por isso, sejam bonzinhos e façam o que os mais velhos vos pedem.
Por respeito.
A vós mesmos...